Desde o primeiro caso de Covid-19 identificado no início de 2020 e ao longo dos mais de três anos de pandemia, os protocolos para controle do vírus foram se adaptando na medida em que a ciência começava a compreender melhor o problema. Embora a forma de tratamento não tenha se alterado muito, a prevenção sofreu diversas alterações de lá pra cá. As principais mudanças foram promovidas no esquema de vacinação, que ainda geram dúvidas na população e tem causado redução na procura pela imunização.
Em números gerais, o chefe do Núcleo de Imunizações Zona Sul da Secretaria Municipal da Saúde de Porto Alegre, Augusto Crippa, contabiliza que apenas 8% dos menores de cinco anos e 12% dos maiores de 60 anos tomaram dose que protege contra cepas ômicron do vírus SARS-CoV-2, da subvariante XBB em Porto Alegre.
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“Estes não são dados precisos, mas essa estimativa com base nos dados do Ministério da Saúde já serve de base para termos uma ideia do cenário atual. Infelizmente, a nossa cultura ela não é tanto de prevenção, é de reação. Então, quando tem alguma notícia de aumento de casos ou da própria atualização da vacina, temos uma procura maior. No mais, a gente acaba tendo uma procura só das pessoas que realmente se preocupam com a prevenção e acabam buscando a vacina”, explica o enfermeiro.
Outra questão que, na avaliação dele, dificultam a busca pelo imunizante são as notícias falsas: “A prefeitura desde o início da vacinação da Covid, lá em 2021, tem ampliado horário das unidades de saúde e, muitas vezes, abrindo até nos finais de semana. Mas as fake news fazem com que as pessoas fiquem com medo das reações, que são geralmente uma dor no braço ou uma febre, não passa disso”.
Quem precisa se vacinar
A partir da sua introdução no Brasil, em 2021, a vacinação contra a Covid-19 teve grande impacto na redução da morbimortalidade (índice de pessoas mortas em decorrência de uma doença específica dentro de determinado grupo populacional) da doença.
Apesar da sua elevada eficácia para prevenção de casos graves e óbitos, o Ministério da Saúde observa uma redução da proteção imunológica alguns meses após a vacinação, principalmente nas faixas etárias a partir de 60 anos de idade (especialmente da Ômicron e suas subvariantes).
Por isso, a atual recomendação da Organização Mundial da Saúde é da aplicação de doses de reforços para alguns públicos. Sendo assim, o Brasil indica a vacina periódica para o grupo de maior risco, composto por gestantes e puérperas, trabalhadores da saúde, imunocomprometidos e idosos (60 anos ou mais).
Além disso, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) adaptou a recomendação da OMS e incluiu grupos com maior vulnerabilidade na realidade brasileira na indicação de vacinação periódica: indígenas, ribeirinhos, quilombolas, pessoas vivendo em instituições de longa permanência (e seus trabalhadores), pessoas com deficiência permanente, pessoas com comorbidades, pessoas privadas de liberdade (maiores de 18 anos), adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas e pessoas em situação de rua.
Para a população pediátrica, as vacinas Covid-19 licenciadas que são indicadas para crianças fazem parte do Calendário Nacional de Vacinação desde 1º de janeiro de 2024. Ou seja, toda a população entre seis meses e 5 anos ou com esquema vacinal incompleto de acordo com a faixa etária devem tomar a vacina. Vale ressaltar que as crianças nessa faixa etária que completaram o esquema de vacinação (três doses) com outras vacinas podem receber uma dose da vacina XBB com o intervalo mínimo de três meses da última dose recebida.
Para quem a vacina atual é recomendada?
- Crianças de seis meses a menores de 5 anos
- Pessoas com 60 anos ou mais
- Pessoas com deficiências permanentes
- Pessoas vivendo em instituições de longa permanência (ILPI e RI)
- Pessoas imunocomprometidas
- Indígenas vivendo em terra indígena
- Indígenas vivendo fora de terra indígena
- Ribeirinhos
- Quilombolas
- Gestantes e puérperas
- Trabalhadores de saúde
- Pessoas com comorbidades*
- Pessoas privadas de liberdade
- Funcionários do sistema de privação de liberdade
- Adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas
- Pessoas em situação de rua
Que doenças entram na lista de comorbidades?
- Diabetes mellitus
- Pneumopatias crônicas graves
- Hipertensão Arterial Resistente (HAR)
- Hipertensão arterial estágio 3
- Hipertensão arterial estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo
- Insuficiência cardíaca (IC)
- Cor pulmonale e Hipertensão pulmonar
- Cardiopatia hipertensiva
- Síndromes coronarianas
- Valvopatias
- Miocardiopatias e Pericardiopatias
- Doenças da aorta, dos grandes vasos e fístulas arteriovenosas
- Arritmias cardíacas
- Arritmias cardíacas
- Próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados
- Doenças neurológicas crônicas e distrofias musculares
- Doença renal crônica
- Hemoglobinopatias e disfunções esplênicas graves
- Obesidade mórbida
- Síndrome de Down e outras trissomias
- Doença hepática crônica
Para quem a vacina atual é recomendada?
- Crianças de seis meses a menores de 5 anos
- Pessoas com 60 anos ou mais
- Pessoas com deficiências permanentes
- Pessoas vivendo em instituições de longa permanência (ILPI e RI)
- Pessoas imunocomprometidas
- Indígenas vivendo em terra indígena
- Indígenas vivendo fora de terra indígena
- Ribeirinhos
- Quilombolas
- Gestantes e puérperas
- Trabalhadores de saúde
- Pessoas com comorbidades*
- Pessoas privadas de liberdade
- Funcionários do sistema de privação de liberdade
- Adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas
- Pessoas em situação de rua
Que doenças entram na lista de comorbidades?
- Diabetes mellitus
- Pneumopatias crônicas graves
- Hipertensão Arterial Resistente (HAR)
- Hipertensão arterial estágio 3
- Hipertensão arterial estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo
- Insuficiência cardíaca (IC)
- Cor pulmonale e Hipertensão pulmonar
- Cardiopatia hipertensiva
- Síndromes coronarianas
- Valvopatias
- Miocardiopatias e Pericardiopatias
- Doenças da aorta, dos grandes vasos e fístulas arteriovenosas
- Arritmias cardíacas
- Arritmias cardíacas
- Próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados
- Doenças neurológicas crônicas e distrofias musculares
- Doença renal crônica
- Hemoglobinopatias e disfunções esplênicas graves
- Obesidade mórbida
- Síndrome de Down e outras trissomias
- Doença hepática crônica
Fonte: Ministério da Saúde