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Publicada em 22 de Julho de 2024 às 18:55

Sistema de Alerta Hidrológico no RS será recuperado até fim de julho

Serviço Geológico do Brasil recupera Sistema de Alerta Hidrológico na Bacia do Rio Caí

Serviço Geológico do Brasil recupera Sistema de Alerta Hidrológico na Bacia do Rio Caí

Divulgação/SGB/DIVULGAÇÃO/JC
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Agências
Até o final do mês de julho, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) deve concluir a recuperação e modernização do sistema de alerta hidrológico na Bacia do Rio Caí, atingido pelas enchentes de maio. Serão contempladas as estações de São Sebastião do Caí, Montenegro, São Vendelino, Morro Reuter e Linha Gonzaga.Os equipamentos perdidos no desastre climático estavam localizados na cota de tempo de retorno de 100 anos. Isso significa que até os rios atingirem e superarem este patamar, os dados foram transmitidos e foi possível prever com certa antecedência a magnitude máxima do evento pelos modelos de previsão.
Até o final do mês de julho, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) deve concluir a recuperação e modernização do sistema de alerta hidrológico na Bacia do Rio Caí, atingido pelas enchentes de maio. Serão contempladas as estações de São Sebastião do Caí, Montenegro, São Vendelino, Morro Reuter e Linha Gonzaga.

Os equipamentos perdidos no desastre climático estavam localizados na cota de tempo de retorno de 100 anos. Isso significa que até os rios atingirem e superarem este patamar, os dados foram transmitidos e foi possível prever com certa antecedência a magnitude máxima do evento pelos modelos de previsão.
Na primeira fase do trabalho, realizada em junho, na Bacia do Rio Taquari, foram contempladas as estações de Muçum, Encantado, Estrela, Porto Mariante, Taquari e Barra do Fão. Agora, uma das principais novidades do sistema é que a transmissão dos dados via satélite ocorre a cada 15 minutos. Essa redução no intervalo de tempo de transmissão permite a disseminação de informações de forma mais rápida. As medidas começaram a ser implementadas após as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul.

Além da transmissão de dados por satélite, foram iniciados os testes com as Plataformas de Coleta de Dados (PCDs) com duplo sensor de medição. A utilização de sensores para medição em diferentes níveis aumenta a segurança dos dados pois, em caso de perda de um sensor, o outro assume a medição.
Os equipamentos serão instalados em estruturas mais altas, de 12m, o que permite manter os níveis acima dos observados durante o evento histórico registrado no RS neste ano. “A transmissão via satélite GOES em intervalos de 15 minutos é algo inédito em território nacional. A adoção dessa tecnologia contribui de forma significativa para prevenir os impactos das cheias”, explica o pesquisador do SGB Emanuel Duarte.

Na engenharia, os Sistemas de Alerta Hidrológico (SAH) são considerados uma das medidas não-estruturais, que mesmo não conseguindo evitar os desastres naturais, diminuem a vulnerabilidade dos ocupantes das áreas de risco às inundações, minimizando as perdas de vidas e de bens materiais.

Segundo a chefe do Departamento de Hidrologia do SGB, Andrea Germano, “a melhoria da qualidade dos dados das séries hidrológicas também contribui, de forma significativa, para a melhoria dos projetos de grandes obras e estruturas hidráulicas, reservatórios de energia, abastecimento, obras de microdrenagem, entre outras”.

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