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Publicada em 22 de Julho de 2024 às 18:02

Envio de entulhos das enchentes para o aterro de Gravataí segue suspenso pelo MP-RS

Aterro de Gravataí já recebeu 48 mil toneladas de resíduos vindos da Capital

Aterro de Gravataí já recebeu 48 mil toneladas de resíduos vindos da Capital

Divulgação/MPRS/JC
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Fabrine Bartz
Fabrine Bartz Repórter
Atendendo um pedido do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), o aterro São Judas Tadeu, em Gravataí, não pode mais receber os resíduos até que se comprove que a área é adequada. Na tarde desta segunda-feira (22), ocorreu uma reunião entre os responsáveis pelo terreno e o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) para esclarecer o destino dos entulhos das enchentes, que ainda estão em Canoas e nos bota-espera de Porto Alegre. Em Porto Alegre, das 95 mil toneladas de resíduos recolhidos no pós-enchente, cerca de 48 mil foram levadas a Gravataí. Respeitando o pedido do MP-RS, o envio dos resíduos da Capital para o município na Região Metropolitana foi suspenso durante o final de semana. “Lamentamos a decisão, pois estávamos com um trabalho muito ágil de limpeza nos bota-espera. Alguns apontamentos já foram revisados nos últimos dias", esclarece o diretor-geral do DMLU, Carlos Hundertmarker.
Atendendo um pedido do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), o aterro São Judas Tadeu, em Gravataí, não pode mais receber os resíduos até que se comprove que a área é adequada. Na tarde desta segunda-feira (22), ocorreu uma reunião entre os responsáveis pelo terreno e o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) para esclarecer o destino dos entulhos das enchentes, que ainda estão em Canoas e nos bota-espera de Porto Alegre. 

Em Porto Alegre, das 95 mil toneladas de resíduos recolhidos no pós-enchente, cerca de 48 mil foram levadas a Gravataí. Respeitando o pedido do MP-RS, o envio dos resíduos da Capital para o município na Região Metropolitana foi suspenso durante o final de semana. “Lamentamos a decisão, pois estávamos com um trabalho muito ágil de limpeza nos bota-espera. Alguns apontamentos já foram revisados nos últimos dias", esclarece o diretor-geral do DMLU, Carlos Hundertmarker.
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O departamento aguarda a liberação do MP-RS para seguir com o envio de entulhos para Gravataí, porém, a área técnica avalia uma segunda opção caso as atividades sejam suspensas por mais tempo. Já a secretaria de Meio Ambiente de Canoas alegou que pouco material é enviado para o aterro, sendo assim, “a maior parte dos resíduos estão nos transbordos de Canoas”.

Segundo o secretário de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Bem-Estar Animal (Sema) de Gravataí, Diego Moraes, a cidade não apresentou grandes impactos das enchentes de maio. Do próprio município, 12 mil toneladas foram levadas ao aterro São Judas Tadeu. “Não tivemos a necessidade de encaminhar estes resíduos para outros locais, mas o aterro atende Porto Alegre e Canoas, municípios que trazem grandes volumes de resíduos”.

O pedido de suspensão das atividades foi acolhido pela Sema na sexta-feira (19). Segundo o MP-RS, um relatório da equipe técnica da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) indica que o espaço em Gravataí não está apto a receber os materiais destacados nas enchentes. Entre os problemas identificados, está a falta de pessoal para realização da triagem.
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Para que o aterro possa voltar a receber os resíduos das enchentes uma série de requisitos precisa ser cumprida, o que inclui a comprovação da remoção dos entulhos para uma área adequada e a impermeabilização do espaço. O serviço deve ser realizado com um sistema de drenagem, além da implantação de um sistema semimecanizado de triagem que conte com esteira, peneira, imã, separação manual e triturador.

Além disso, a triagem de todo o volume de resíduos recebidos deve ser realizada dentro de 180 dias. A empresa deverá comprovar a destinação final dos resíduos em local devidamente licenciado, mês a mês, e apresentar cronograma de encerramento do empreendimento. Um plano de emergência a fim de prevenir a ocorrência de incêndios também deve ser apresentado.

Embora não tenha apresentado o material de forma oficial, Moraes esclarece que os responsáveis pelo aterro estão se mobilizando internamente. Procurada pela reportagem, a empresa não se manifestou até a publicação desta reportagem.

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