A ampliação dos horários noturnos para viagens interestaduais movimentou a rodoviária de Porto Alegre na noite gelada desta terça-feira (9). Os novos horários ofertados atendem especialmente quem precisa ir da capital gaúcha até o Aeroporto Internacional Hercílio Luz, em Florianópolis, para então seguir viagem rumo ao destino desejado.
Essa baldeação foi considerada a mais viável para um grupo de estudantes e pesquisadores com destino ao Congresso Brasileiro de Biologia Celular, que acontece entre os dias 11 e 13 em São Paulo.
A inscrição para o evento foi feita em janeiro, conta a biomédica Mariane Jaeger. Com ela estavam as amigas Natalia Freire, biotecnologista, e Júlia Dameda, estudante de Biomedicina.
Essa baldeação foi considerada a mais viável para um grupo de estudantes e pesquisadores com destino ao Congresso Brasileiro de Biologia Celular, que acontece entre os dias 11 e 13 em São Paulo.
A inscrição para o evento foi feita em janeiro, conta a biomédica Mariane Jaeger. Com ela estavam as amigas Natalia Freire, biotecnologista, e Júlia Dameda, estudante de Biomedicina.
Passageiros já podem voltar a realizar as viagens no turno da noite
Bruna Suptitz/Especial/JC
As passagens, no entanto, não tinham sido compradas até a enchente que atingiu o Estado tirar o Aeroporto Internacional Salgado Filho do topo da lista de opções para o deslocamento.
Antes da Rodoviária de Porto Alegre voltar a ofertar viagens para outros estados, elas e um grupo de colegas com cerca de 15 pessoas cogitaram alugar uma van até Florianópolis. As duas outras alternativas, ir até Osório pegar um ônibus para a capital catarinense ou voar da base aérea de Canoas, foram descartadas, a primeira pela dificuldade e a segunda pelo alto custo.
'A viagem leva sempre um dia a mais'
Cada viagem do casal Ana Lucia Kist e Gilberto Conte, sócios na produtora Terradorada, "leva sempre um dia a mais", resume Ana. Na noite de terça-feira eles rumaram da rodoviária de Porto Alegre à de Florianópolis. O destino final é Sergipe.
Com demanda de trabalho em todo o País, o deslocamento por partes já está incorporado na rotina. A primeira experiência foi indo a Osório, e o tempo de espera entre um e outro ônibus foi de 5 horas. Também foi longa a espera em um retorno à capital gaúcha: chegaram no fim da noite na rodoviária de Florianópolis e passaram a madrugada esperando o primeiro ônibus da manhã, que foi cancelado devido à baixa demanda. Tiveram que aguardar a viagem seguinte, na mesma manhã.
Encurtar o tempo em trânsito voando pela base aérea de Canoas ainda não foi possível: nas tentativas feitas, os voos já estavam lotados. Já o deslocamento aéreo pela Serra foi descartado depois de uma tentativa frustrada: Ana estava num voo que saiu do Rio de Janeiro com destino a Caxias do Sul no domingo passado, mas a aeronave não conseguiu aterrissar devido à neblina, e retornou para Florianópolis.
Pela experiência do vai e vem, o casal elegeu o deslocamento POA-Floripa como o mais viável. "A estrada é melhor, tem menos risco e a certeza que, chegando lá, vai decolar", conclui Gilberto.
Espera ao relento
As áreas disponíveis para a aguardar os ônibus na Rodoviária de Porto Alegre são cobertas, mas abertas e pouco protegem do frio. A área dos restaurantes, que cumpria a função de ponto de espera, segue fechada.
As áreas dos restaurantes seguem fechadas
Bruna Suptitz/Especial/JC
Troca de horários
Nem todas as viagens ofertadas foram realizadas. Ônibus com poucos passageiros foram agrupados em viagens seguintes, sem informação prévia.