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Publicada em 28 de Junho de 2024 às 16:46

Queimada no Pantanal persiste mesmo após proibição de manejo do fogo

Estiagem e altas temperaturas dificultam o controle dos incêndios

Estiagem e altas temperaturas dificultam o controle dos incêndios

CHICO RIBEIRO/FOTOSPUBLICAS/JC
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Agência Brasil
Os incêndios no Pantanal consumiram mais de 61 mil hectares do bioma nos últimos quatro dias, informou o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ). No período entre 1º de janeiro e a última quinta-feira (27), o fogo atingiu 688.125 hectares do bioma.
Os incêndios no Pantanal consumiram mais de 61 mil hectares do bioma nos últimos quatro dias, informou o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ). No período entre 1º de janeiro e a última quinta-feira (27), o fogo atingiu 688.125 hectares do bioma.
Segundo a coordenadora do laboratório, Renata Libonati, apesar das condições adversas configuradas pelos efeitos da mudança climática, o incêndio só ocorre se houver alguma ignição e, após análise técnica, foi constatado que entre maio e junho não houve ocorrência de raios para a região. Pela análise da equipe, as queimadas que consomem atualmente o Pantanal têm como origem ações humanas. "Mesmo havendo proibição do uso do fogo em qualquer circunstância, os incêndios continuam acontecendo", afirma.
De acordo com a pesquisadora, seca extrema, temperaturas acima do normal e vegetação predisposta a incêndios dificultam o trabalho de contenção do fogo, mesmo com as temperaturas mais amenas nos últimos dias. "Os indicadores de dificuldade de se controlar o fogo que refletem as condições climáticas são os mais altos já registrados desde, pelo menos, 2003", diz.
O Ministério Público Estadual informou que foram identificados 18 pontos de ignição em 14 locais de 12 propriedades privadas, disse o promotor de Justiça do Núcleo Ambiental, Luciano Furtado Loubet. Ele explica que o trabalho é feito em parceria com as forças militares do estado, tanto na investigação e responsabilização administrativa e criminal pela Polícia Militar Ambiental, quanto nas atividades de prevenção.
"A gente identifica as propriedades prioritárias, os Bombeiros visitam, notificam eles para que eles façam aceiro, para que treinem brigadistas, para que se inscrevam no Pantanal em Alerta, que é um sistema que nós temos e de hora em hora manda informações sobre focos de calor para o proprietário", comentou.

 

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