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Publicada em 13 de Junho de 2024 às 20:20

Rio Grande do Sul terá nova sequência de dias chuvosos

Metade Norte do RS será a região com maiores acumulados de chuvas

Metade Norte do RS será a região com maiores acumulados de chuvas

TÂNIA MEINERZ/JC
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Gabriel Margonar
Gabriel Margonar Repórter
Depois de semanas de trégua, com tempo firme e sol predominante na maior parte do Estado, as chuvas voltarão a fazer parte da rotina dos gaúchos na segunda quinzena deste mês. Segundo modelos projetados pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e estudados pelo Instituto de Pesquisa Hidráulica (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), os altos volumes de precipitação previstos, principalmente entre os dias 15 e 20, podem até ocasionar novas cheias de rios, mas não espera-se um cenário tão extremo como na tragédia vivida no final de abril e início de maio.
Depois de semanas de trégua, com tempo firme e sol predominante na maior parte do Estado, as chuvas voltarão a fazer parte da rotina dos gaúchos na segunda quinzena deste mês. Segundo modelos projetados pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e estudados pelo Instituto de Pesquisa Hidráulica (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), os altos volumes de precipitação previstos, principalmente entre os dias 15 e 20, podem até ocasionar novas cheias de rios, mas não espera-se um cenário tão extremo como na tragédia vivida no final de abril e início de maio.
“Não acreditamos em elevações consideráveis nos corpos hídricos gaúchos, já que todos os modelos indicam estabilidade até o momento. O Guaíba, por exemplo, deve se manter abaixo da cota de alerta, mesmo com a previsão de Vento Sul a partir desta sexta-feira (14)”, tranquiliza o professor do IPH, Fernando Meirelles.
O alento é importante na medida em que o Inmet prevê acumulados de chuvas variando de 80 a 150 mm no Estado, entre a noite desta sexta e a próxima quarta-feira (19). Esses volumes poderão, inclusive, superar os 200 mm em determinadas áreas do Centro-Norte do Rio Grande do Sul.
Essa previsão meteorológica se dá em razão de uma frente fria que se formou pelo contato entre o ar quente do Centro do Brasil com o ar  frio do Sul. A formação atmosférica é semelhante à que houve no final de abril, mas bem menos intensa.
De acordo com o meteorologista Marcelo Schneider, as chuvas ingressarão no Estado pelo Extremo-Sul, ainda na noite de sexta-feira. Posteriormente, durante a manhã e tarde de sábado (15), Região Metropolitana, Centro e Norte deverão concentrar os maiores acumulados. Conforme explica Schneider, será a Metade-Norte quem mais sofrerá com o evento climático.
“Mesmo que a Zona Sul seja a primeira atingida, lá os acumulados serão bem inferiores ao restante do Estado, podendo chegar, no máximo, aos 80 mm. Nossa principal preocupação é com a região Norte especialmente Planalto, Missões, Alto Uruguai e Serra. Nesses pontos, os volumes tendem a passar dos 150 mm”, explica.
na Grande Porto Alegre e Região Central, espera-se acumulados de 80 a 100 mm. Assim como na maioria das regiões gaúchas, essas áreas devem receber um maior volume de chuva ainda durante o final de semana, mas, entre segunda e quinta, precipitações leves serão constantes.
Durante a instabilidade, além de chuva e trovoadas, a previsão indica a possibilidade de rajadas de vento acima dos 60 km/h e queda de granizo de forma isolada. Ao mesmo tempo, a temperatura também sofrerá declínio, com máximas inferiores aos 20°C.
Além da baixa possibilidade de cheias, outra boa notícia do momento é que o El Niño oficialmente chegou ao fim na tarde desta quinta-feira (13). Com isso, o Oceano Pacífico está em fase de neutralidade, sem presença de nenhum fenômeno atmosférico. 
Maior vilão, mas não o único do excesso de chuva do ano passado e deste outono no Rio Grande do Sul, com grandes enchentes, o El Niño de 2023-2024 foi um dos mais fortes das últimas décadas e teve início em junho passado.

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