A presidente do Conselho de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Sul (Crea-RS), engenheira Nanci Walter, não recomenda a construção de casas em Esteio, apenas prédios. Ela se refere à demanda surgida pelos desabrigados da enchente histórica que atingiu os gaúchos em maio. A cidade, segundo ela, seria a menor em área do Estado.
“Em Esteio, para as pessoas que perderam as casas, há apenas duas áreas: uma privada e outra que atualmente é ocupada por um colégio estadual”, detalha. A solução, portanto, seria a construção de prédios.
“Esteio não tem como acolher as pessoas. Então, não vai fugir de fazer edifício. Não recomendo que faça casas. Não há nenhum lote para fazer 10 casas, só vertical”, justifica.
Para Nanci, assistentes sociais devem conversar com a população e fazer um trabalho junto com a prefeitura sobre cadastros de residências. “O próprio município, agora, precisa conhecer quem mora na cidade”, avalia.
O prefeito de Esteio, Leonardo Pascoal (PP), afirma, no entanto, que a cidade dispõe de áreas privadas não ocupadas, mas não há essa demanda, pois não há mais nenhuma pessoa em abrigos.
“As casas com risco estrutural, para as quais as famílias foram encaminhadas ao Aluguel Social, são em terrenos próprios das pessoas. Novas moradias para estas famílias podem ser feitas nos próprios imóveis de sua propriedade, com mais qualidade, conforto e velocidade”, argumenta Pascoal.
Sobre o tamanho da cidade
Esteio é a cidade com o menor território do Estado e da Região Sul, com 27km², onde moram 76.137 pessoas. Nacionalmente, é a 14ª menor do País em área total. Desde 1970, recebe anualmente a Expointer, feira agropecuária internacional realizada no Parque de Exposições Assis Brasil, localizado no bairro Novo Esteio.
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