Mesmo com sol e as altas temperaturas nesta segunda-feira (10), as marcas da enchente persistem nas residências, nos comércios e na memória dos moradores de Canoas. No pico da enchente, no começo de maio, o nível da água passou dos 5 metros no bairro Mathias Velho. A população deste e do restante dos bairros atingidos da cidade, na Região Metropolitana, buscam donativos na central de entrega de doações, localizada na esquina das avenidas Getúlio Vargas com Inconfidência. Desde o dia 7 de maio, 179 mil cestas já foram entregues.
“Espero conseguir um colchão para retornar para casa. Estamos fazendo a limpeza, mas é muito longe para dependermos de ônibus e não sobra tempo para fazermos o serviço”, lamenta o morador do Mathias Velho, Flávio Campos - que aguardava para receber a quarta cesta básica. Diariamente, 2,5 mil fichas são distribuídas no local e as filas já se formam logo cedo. Antes das 9h desta segunda (10), mais de mil pessoas aguardavam o atendimento no antigo supermercado Asun.
“Espero conseguir um colchão para retornar para casa. Estamos fazendo a limpeza, mas é muito longe para dependermos de ônibus e não sobra tempo para fazermos o serviço”, lamenta o morador do Mathias Velho, Flávio Campos - que aguardava para receber a quarta cesta básica. Diariamente, 2,5 mil fichas são distribuídas no local e as filas já se formam logo cedo. Antes das 9h desta segunda (10), mais de mil pessoas aguardavam o atendimento no antigo supermercado Asun.
O pedido pode ser feito pela população atingida uma vez a cada sete dias, como é o caso da moradora do bairro Mato Grande, Tatiana Crispim. “Nossa casa estava embaixo d'água, com acesso apenas de barco. Precisei buscar os donativos outras vezes e sempre fui bem atendida”, relata.
As cestas chegam de diferentes partes do Brasil, por meio do governo federal e da Defesa Civil do Rio Grande do Sul. “Fazemos um remanejo das doações do País inteiro, além da montagem de cestas com o mínimo necessário para que uma família, composta por quatro pessoas, consiga se alimentar durante sete dias”, explica o coordenador da atividade, Marcelo Almeida.
Das 80 pessoas envolvidas na ação, 80% já trabalham na prefeitura de Canoas. Outros 20% são apenados do programa Recomeçar, que possibilita a redução da pena a cada três dias trabalhados, e operários contratados de forma emergencial. O espaço funciona das 8h até as 16h.
As cestas chegam de diferentes partes do Brasil, por meio do governo federal e da Defesa Civil do Rio Grande do Sul. “Fazemos um remanejo das doações do País inteiro, além da montagem de cestas com o mínimo necessário para que uma família, composta por quatro pessoas, consiga se alimentar durante sete dias”, explica o coordenador da atividade, Marcelo Almeida.
Das 80 pessoas envolvidas na ação, 80% já trabalham na prefeitura de Canoas. Outros 20% são apenados do programa Recomeçar, que possibilita a redução da pena a cada três dias trabalhados, e operários contratados de forma emergencial. O espaço funciona das 8h até as 16h.
Feirão de empregos promove 320 vagas para limpeza de Canoas
O tempo firme também possibilita o processo de reconstrução da cidade. Ao longo desta terça-feira (11), um feirão de empregos será realizado com 320 vagas direcionadas para limpeza de Canoas. As oportunidades disponíveis são para operários, operador de retroescavadeira e motorista de caçamba. O salário varia de R$ 1.510,17 a R$ 2.251,19. Os interessados devem comparecer na subprefeitura Sudeste, na rua Marechal Rondon, 100.
Quem se desloca de Porto Alegre a Canoas, assim como os moradores da região, se depara com um cenário marcado pelo cheiro forte e por resíduos espalhados pelas ruas. Até o momento, 7,5 mil cargas de materiais foram recolhidos do município. A recomendação é de que os moradores deixem móveis e eletrodomésticos danificados em frente às residências.
Mais de 3,7 mil pessoas seguem em abrigos institucionais na cidade. Entre as principais demandas da população, está o acesso ao Auxílio Reconstrução, disponibilizado pelo governo Federal. “Solicitei faz mais de uma semana, mas segue em análise. Já fui em uma unidade (da Caixa Econômica Federal) presencial, mas não sei se irei receber” conta o morador da Mathias Velho, Flávio Campos. De acordo com ele, outros moradores do mesmo terreno já receberam os R$ 5,1 mil, mas não houve atualização no seu pedido.