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Publicada em 10 de Junho de 2024 às 12:13

Frente fria traz de volta a chuva para o Rio Grande do Sul

Antes da virada no clima, o tempo ficará seco no Rio Grande do Sul

Antes da virada no clima, o tempo ficará seco no Rio Grande do Sul

THAYNÁ WEISSBACH
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Osni Machado
Osni Machado Colunista
O avanço de uma frente fria, entre os dias 14 e 17 de junho, trará o retorno das chuvas para o Rio Grande do Sul e está sendo monitorado pela Defesa Civil Estadual e pela Sala de Situação do governo estadual. Na região das Missões, Centro e Noroeste do Estado devem registrar no período entre 50mm e 120mm de chuva.
O avanço de uma frente fria, entre os dias 14 e 17 de junho, trará o retorno das chuvas para o Rio Grande do Sul e está sendo monitorado pela Defesa Civil Estadual e pela Sala de Situação do governo estadual. Na região das Missões, Centro e Noroeste do Estado devem registrar no período entre 50mm e 120mm de chuva.
De acordo com a meteorologista da Sala de Situação do governo do Estado Cátia Valente, esse volume de chuva no Rio Grande do Sul é previsto para ocorrer ao longo de cinco dias, com alguns momentos de maior intensidade. O monitoramento da Sala de Situação leva em consideração que mesmo a instabilidade não sendo intensa como a que ocorreu em maio com as enchentes, áreas que ainda estão fragilizadas podem ter problemas.
Cátia explica que os modelos de previsão para o Rio Grande do Sul estão sendo atualizados, indicando que a instabilidade deve iniciar na próxima sexta-feira (14) e se intensificando no final de semana. Segundo a Sala de Situação, os modelos de previsão, no domingo, indicam que em Porto Alegre, Região Metropolitana, Vales e Serra os volumes podem variar entre 45mm e 75mm. Ainda permanece a condição de um novo bloqueio atmosférico no Brasil central, que deve fazer com que frentes frias e instabilidades fiquem atuando no Sul do País.
A meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) Andreia Ramos confirma que os modelos indicam a tendência para retorno da chuva para o Rio Grande do Sul a partir da sexta-feira (14). “No sábado e no domingo (dias 15 e 16) há uma maior ênfase para ocorrência de chuva com mais intensidade, já em relação aos acumulados nós estamos monitorando ainda”. Andreia destaca que já nesta sexta-feira a instabilidade deve atingir o Sul e Sudeste da região, fazendo destaque para o município de Santa Vitória do Palmar.
Segundo ela, ao longo do próximo final de semana a instabilidade evolui principalmente sobre o Rio Grande do Sul. “Em termos de acumulado, ainda está muito em aberto. Nós teremos outra reunião para avaliar as tendências que são indicadas pelos modelos meteorológicos”, explica. Andreia diz que, antes, haverá uma onda de calor na parte Oeste da região Sul do Brasil e irá envolver não só o Rio Grande do Sul mas Santa Catarina e o Paraná.
“No dia 14, haverá um deslocamento desse sistema que irá atuar mais sobre a região Sul do Rio Grande do Sul. No dia 15, a instabilidade vai atingir mais a região Leste, com chuvas em Porto Alegre também. No domingo (16), as chuvas, infelizmente, chegarão aquela área já predestinada”, informa.
Segundo a meteorologista, há uma tendência de chuva acumulada, mas com valores constantes, mais no Leste do Rio Grande do Sul, pegando, justamente, parte da Lagoa dos Patos e Porto Alegre, ou seja, havendo uma concentração entre o Leste e o Nordeste da região.
De acordo com Andreia, essa tendência deverá continuar ocorrendo na segunda-feira (17) e na terça-feira (18). Os acumulados no período devem ser de mais de 100mm no Rio Grande do Sul e com tendência de também atingir o Oeste de Santa Catarina e o Sudoeste do Paraná. Andreia informa que o Instituto Nacional de Meteorologia comunicou a Defesa Civil e também o município de Pelotas e que já está fazendo o monitoramento do retorno das chuvas.
A meteorologista explica que já há um comportamento de clima de inverno, que chegará na próxima semana. “No inverno é comum ter a entrada dessas frente frias na região. É o padrão que se espera para esta estação do ano. Problema é que qualquer chuva poderá impactar áreas que já estão muito vulneráveis”, acrescentou.
 

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