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Publicada em 06 de Junho de 2024 às 16:43

Áreas inundáveis de Porto Alegre são conhecidas há mais de 20 anos

Desde 1998, Ilha das Flores é identificada pela Ufgrs como área inundável não protegida

Desde 1998, Ilha das Flores é identificada pela Ufgrs como área inundável não protegida

MARCO QUINTANA/ARQUIVO/JC
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Fabrine Bartz
Fabrine Bartz Repórter
Lançado ainda em 1998, o Atlas Ambiental de Porto Alegre, organizado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), juntamente com a prefeitura da Capital, já apresentava, pelo menos, 18 áreas inundáveis na cidade. Destas, oito contam com o sistema de proteção e 10 não estão protegidas.  As áreas inundáveis são de conhecimento público há mais de 20 anos. O mapeamento do Atlas aponta que as áreas inundáveis protegidas em Porto Alegre são: Cristal, Praia de Belas, Centro, Navegantes, Humaitá, Passo d’Areia, Sarandi e região do aeroporto. Estes locais são denominados de pôlder que, na explicação do professor e geólogo Rualdo Menegat, coordenador do Atlas, trata-se de um território limitado por diques internos e externos. Já como áreas inundáveis não protegidas, o mapa apresenta a Praia do Lami e Ipanema, as Pontas do Cego, Cuíca, e Dionísio, além das Região das Ilhas (Pintada, Flores, Lage e Marinheiros), e do Arroio Feijó, no limite com Alvorada.Para inundação, o mapa considera o nível da água do Guaiba de seis metros, cota projetada ainda na década de 1950. A enchente deste ano chegou a 5,35 metros, no dia 5 de maio. “Considerando os níveis, o sistema de proteção teria funcionado plenamente, se não fossem os problemas de manutenção”, ressalta Menegat. Nas áreas consideradas protegidas, estão localizados os diques externos e internos, os pôlderes e as casas de bombas.
Lançado ainda em 1998, o Atlas Ambiental de Porto Alegre, organizado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), juntamente com a prefeitura da Capital, já apresentava, pelo menos, 18 áreas inundáveis na cidade. Destas, oito contam com o sistema de proteção e 10 não estão protegidas.  As áreas inundáveis são de conhecimento público há mais de 20 anos.

O mapeamento do Atlas aponta que as áreas inundáveis protegidas em Porto Alegre são: Cristal, Praia de Belas, Centro, Navegantes, Humaitá, Passo d’Areia, Sarandi e região do aeroporto. Estes locais são denominados de pôlder que, na explicação do professor e geólogo Rualdo Menegat, coordenador do Atlas, trata-se de um território limitado por diques internos e externos. Já como áreas inundáveis não protegidas, o mapa apresenta a Praia do Lami e Ipanema, as Pontas do Cego, Cuíca, e Dionísio, além das Região das Ilhas (Pintada, Flores, Lage e Marinheiros), e do Arroio Feijó, no limite com Alvorada.

Para inundação, o mapa considera o nível da água do Guaiba de seis metros, cota projetada ainda na década de 1950. A enchente deste ano chegou a 5,35 metros, no dia 5 de maio. “Considerando os níveis, o sistema de proteção teria funcionado plenamente, se não fossem os problemas de manutenção”, ressalta Menegat. Nas áreas consideradas protegidas, estão localizados os diques externos e internos, os pôlderes e as casas de bombas.
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Em 1998, quando o atlas foi elaborado, Porto Alegre contava com 18 casas de bomba. De lá para cá, houve um acréscimo de cinco unidades, totalizando 23. O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), no entanto, não soube informar a data de criação e o bairro de cada uma. Considerando as ruas, a reportagem identificou que as últimas cinco casas de bomba foram instaladas nos bairros Santana, Sarandi, São João e Cristal.

As casas de bomba, também conhecidas como Estações de Bombeamento de Água Pluvial (Ebaps), são responsáveis por retirar a água dos alagamentos das ruas, escoando para o Guaiba. O acréscimo das cinco bombas ocorreu com objetivo de melhorar a vazão da água. Mesmo assim, segundo Menegat, as áreas inundáveis seriam as mesmas, sem alterações.
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O sistema de proteção, além das casas de bomba e dos diques, conta com o Muro da Mauá (cortina de proteção). “O sistema de Porto Alegre tem vários condutos forçados. Eles drenam a água da chuva, o que diminui a quantidade de água nas casas de bomba”, explica Menegat. Galerias, canais, bacias de retenção e o curso d’água também complementam o sistema.

No percurso natural da chuva, a água passa pelo processo de evapotranspiração, o escoamento superficial, a infiltração superficial e a infiltração profunda. A cidade e a densidade das edificações alteram o volume da água que percorre cada um desses caminhos. Este fator contribui para que o impacto das enchentes anteriores na Capital seja diferente, na comparação com este ano. Porém, segundo Menegat, “se o sistema de proteção tivesse funcionado, 70% do impacto teria sido amainado”.

Confira a lista das últimas cinco casas de bomba:

EBAP 19 - Santa Terezinha / Rua jacinto gomes 733 / Santana
EBAP 20 - Vila Minuano / Rua Dona Alzira, 2001 / Sarandi
EBAP 21 - Asa Branca / Rua Nevani Barbara Coelho, 502 / Sarandi
EBAP 22 - Trincheira Ceará / Avenida Ceará, 52 / São João
EBAP 11 A - Coronel Claudino / Rua Coronel Claudino, 50 / Cristal
EBAP 11 B - Icaraí II / Av. Icaraí, 1521 / Cristal

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