Uma comitiva holandesa iniciou, nesta quarta-feira (5), uma agenda com a prefeitura de Porto Alegre e com os governos estadual e federal para compartilhar conhecimentos técnicos a respeito das cheias que atingiram o Estado em maio. Os Países Baixos são referência em sistemas de contenção de enchentes. A comitiva irá conhecer o sistema porto-alegrense junto às equipes técnicas do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) e fará, também, visitas ao Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH-UFRGS).
Ao fim da visita, que deve durar uma semana, com possibilidade de retorno, um relatório apontando caminhos para tornar a cidade mais segura será construído e entregue às autoridades. Após a primeira reunião, em conversa com a imprensa, a Cônsul-geral dos Países Baixos no Brasil, Wieneke Vullings, afirmou que a vinda da comitiva é um investimento do governo dos Países Baixos. "Vamos compartilhar todo o conhecimento que pudermos. É um investimento que fazemos em lugares que estão precisando de ajuda", explicou. Um auxílio parecido foi prestado pela comitiva holandesa para Recife em 2022.
O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), disse que o objetivo é encontrar soluções no curto e longo prazo. “O objetivo, primeiro, é apontar soluções em curtíssimo prazo. Precisamos restabelecer a cidade", ponderou. Depois, a ideia é buscar iniciativas no longo prazo. Segundo ele, é preciso ter uma 'institucionalidade' para obras médias e grandes que devem ser realizadas para conter as cheias. "Não pode o prefeito dizer que é responsabilidade do governador, e o governador dizer que é do presidente", considerou.
O diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Maurício Loss, contou que antes mesmo da enchente histórica de maio, o Departamento já estava em contato com a Holanda. "Já estávamos falando da drenagem de Porto Alegre, fosse pelo déficit da cidade ou buscando soluções para as ilhas. Agora, tivemos que mudar o foco. Vamos precisar de obras emergenciais e obras novas".
O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), disse que o objetivo é encontrar soluções no curto e longo prazo. “O objetivo, primeiro, é apontar soluções em curtíssimo prazo. Precisamos restabelecer a cidade", ponderou. Depois, a ideia é buscar iniciativas no longo prazo. Segundo ele, é preciso ter uma 'institucionalidade' para obras médias e grandes que devem ser realizadas para conter as cheias. "Não pode o prefeito dizer que é responsabilidade do governador, e o governador dizer que é do presidente", considerou.
O diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Maurício Loss, contou que antes mesmo da enchente histórica de maio, o Departamento já estava em contato com a Holanda. "Já estávamos falando da drenagem de Porto Alegre, fosse pelo déficit da cidade ou buscando soluções para as ilhas. Agora, tivemos que mudar o foco. Vamos precisar de obras emergenciais e obras novas".
O líder da comitiva holandesa, Ben Lamoree, falou que os especialistas vão entender o que aconteceu com Porto Alegre, mas garantiu que a expertise da Holanda para lidar com as águas pode contribuir com os trabalhos na Capital. "Precisamos lidar com terra muito baixa. Temos experiência em enfrentar situações difíceis. Vamos apontar o que fazer e evitar, além de sugerir tecnologias", disse. O reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), também esteve presente na reunião e considerou que será bom trocar conhecimentos entre a universidade gaúcha e os técnicos holandeses.
Apesar disso, as cidades dos Países Baixos apresentam algumas diferenças em relação a Porto Alegre. "São cidades menores, com aproximadamente 900 mil pessoas. Outra diferença é que não temos grandes diferenças de nível como Porto Alegre, tudo é plano e baixo. Mas, no geral, há semelhanças com outras cidades costeiras ao redor do mundo". O especialista em drenagem Adri Verweij afirmou que outra particularidade de Porto Alegre e da Holanda é que as cheias sofrem interferência de diversos fatores, como mar, rio, chuvas e ventos. "Temos conhecimento nessa combinação de fatores", explicou.