Porto Alegre,

Anuncie no JC
Assine agora

Publicada em 03 de Junho de 2024 às 18:50

Prejuízo causado pelas cheias no Pão dos Pobres passa de R$ 4 milhões

Mais de 12 caminhões de entulhos já foram recolhidos do local

Mais de 12 caminhões de entulhos já foram recolhidos do local

Fabrine Bartz/Especial/JC
Compartilhe:
Fabrine Bartz
Fabrine Bartz Repórter
A Fundação Pão dos Pobres, local de alegria e acolhimento, encara o vazio deixado pelas crianças e uma quadra cheia de materiais destruídos. Devido às enchentes, o espaço na Cidade Baixa precisou ser evacuado ainda no começo de maio. Atualmente, as 1.835 crianças atendidas estão distribuídas em três espaços provisórios, localizados no Centro e na Zona Sul de Porto Alegre. Além da limpeza, a prioridade dos próximos dias é a reconstrução da cozinha e dos banheiros. Durante duas semanas, o nível da água se manteve em 2,50 metros na fundação, dificultando o processo de limpeza. Desde a semana passada, equipes de voluntários já retiraram mais de 12 caminhões de materiais. Embora o acesso já esteja liberado, ainda não há um prazo exato para retomada das atividades. A expectativa é que as crianças consigam retornar em torno de 30 a 45 dias.
A Fundação Pão dos Pobres, local de alegria e acolhimento, encara o vazio deixado pelas crianças e uma quadra cheia de materiais destruídos. Devido às enchentes, o espaço na Cidade Baixa precisou ser evacuado ainda no começo de maio. Atualmente, as 1.835 crianças atendidas estão distribuídas em três espaços provisórios, localizados no Centro e na Zona Sul de Porto Alegre. Além da limpeza, a prioridade dos próximos dias é a reconstrução da cozinha e dos banheiros.

Durante duas semanas, o nível da água se manteve em 2,50 metros na fundação, dificultando o processo de limpeza. Desde a semana passada, equipes de voluntários já retiraram mais de 12 caminhões de materiais. Embora o acesso já esteja liberado, ainda não há um prazo exato para retomada das atividades. A expectativa é que as crianças consigam retornar em torno de 30 a 45 dias.
“Precisamos que a cozinha e os banheiros estejam reconstruídos para receber as crianças novamente. Estamos distribuindo os voluntários por áreas, porque a demanda é muito grande”, explica o gerente do Pão dos Pobres, João Rocha. Ao todo, mais de 20 mil metros quadrados foram atingidos pela água e todo o térreo do prédio foi afetado. Conforme cálculos preliminares, o prejuízo passa de R$ 4 milhões.

No processo de reconstrução, o Pão dos Pobres conta com diversos apoiadores, incluindo empresas e instituições. “Viemos ajudar o Pão dos Pobres a retomar esse trabalho realizado com crianças e adolescentes. Agora, estamos focados no restaurante para conseguir trazer esses jovens de volta”, relata a presidente da Associação do Hospital Materno Infantil, Fernanda Etchepare, que também atua como voluntária.
As crianças que moram na fundação estão em abrigos da região central e da Zona Sul da cidade. Já aquelas que fazem os cursos profissionalizantes são atendidas dentro de suas comunidades. São oferecidas cestas básicas e materiais de higiene, além do atendimento psicológico. A campanha “Faça um pix e ajude a recuperar o Pão dos Pobres” está disponível nas redes sociais, principalmente no Instagram (@fundacaopaodospobres). O pix pode ser feito pelo CNPJ: 92.666015/0001-01 ou pelo e-mail: [email protected].

Essa, no entanto, não é a primeira vez que o local é atingido por enchentes. Em 1941, o Guaíba chegava até às margens da avenida Praia de Belas e o prédio ficava à beira do rio. Naquele ano, o nível da água passou de um metro e um óbito foi registrado no local. Um dos funcionários foi de barco verificar a situação das ovelhas, que ficavam ao fundo do terreno. “Havia um fio energizado que estava impedindo a passagem do barco. Ele foi retirar o fio e acabou morrendo”, conta Rocha.

Na comparação com a enchente anterior, o número de crianças atendidas e as tecnologias utilizadas ganham destaque. Em 1941, o Pão dos Pobres atendia 600 crianças. Hoje, é o triplo de adolescentes. Já os equipamentos existentes nos laboratórios não contavam com a mesma qualidade dos atuais. Agora, são disponibilizados 14 cursos, que contam com aparelhos de eletromecânica, climatização e gastronomia.

Notícias relacionadas