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Publicada em 31 de Maio de 2024 às 12:16

Governo do Estado quer castrar 20 mil cães e gatos resgatados

Desde o início das enchentes, 390 abrigos foram criados para receber os animais

Desde o início das enchentes, 390 abrigos foram criados para receber os animais

Cesar Lopes/ PMPA/Divulgação/JC
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Luciane Medeiros
Luciane Medeiros Editora Assistente
O governo do Rio Grande do Sul lançou nesta sexta-feira (31/05) o Plano Estadual de Ações de Resposta à Fauna, iniciativa que estabelece ações e responsabilidades no atendimento aos animais resgatados durante as enchentes no Estado. Entre as medidas implementadas estão a colocação de microchipagem e a castração de até 20 mil animais, entre cães e gatos, e um manual de boas práticas de manejo nos abrigos.
O governo do Rio Grande do Sul lançou nesta sexta-feira (31/05) o Plano Estadual de Ações de Resposta à Fauna, iniciativa que estabelece ações e responsabilidades no atendimento aos animais resgatados durante as enchentes no Estado. Entre as medidas implementadas estão a colocação de microchipagem e a castração de até 20 mil animais, entre cães e gatos, e um manual de boas práticas de manejo nos abrigos.
Foi criado um WhatsApp voltado à causa animal onde é possível se cadastrar para ser voluntário nos locais de acolhimento e se informar sobre doações necessárias. O serviço está disponível no número (51) 9948 65 180. Além disso, um curso de Educação a Distância (EAD) vai possibilitar a qualificação de profissionais e voluntários que atuam nos abrigos.
O vice-governador Gabriel Souza ressaltou a ação conjunta entre o poder público, universidades, entidades como o Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-RS) e Ministério Público do RS e voluntários desde o início das inundações, permitindo o resgate de quase 20 mil animais e a criação de 390 abrigos. As parcerias com o Grupo de Resposta a Animais em Desastres (Grad), PetsRS, Arcanimal e Animal Tag viabilizam a identificação de animais, reencontro com tutores e adoção.
Os trabalhos de apoio à causa animal começaram no dia 2 de maio, no início das enchentes. Desde então, o Grad vem dando suporte técnico na orientação dos critérios utilizados para a identificação dos animais e dos candidatos à adoção. Enderson Barreto, diretor financeiro do Grad, disse que diante do grande número de resgates é preciso uma atuação conjunta. “Seria muito ilusório achar que esses quase 20 mil animais vão encontrar um lar ou os tutores vão retirá-los. É importante que o Brasil tenha uma resposta. No primeiro momento tivemos que buscar o resgate, agora temos que frisar pela qualidade de vida. Cabe a nós unir esforços. Para nós, toda vida importa e sempre seremos nós por eles”, salientou.
Três mil microchips para identificação foram doados pela Animal Tag. Souza explicou que os chips são do tamanho de um grão de arroz e a colocação é indolor, sendo um mecanismo amplamente utilizado no mundo todo. O microchip trará dados de onde o animal foi resgatado, informações sobre saúde e características.
O site Pet RS atua facilitando o reencontro de tutores com seus pets perdidos, enquanto a plataforma da Arcanimal trabalha na promoção da adoção, ajudando os animais a encontrarem novos lares permanentes.
A partir de recursos disponibilizados pelo Ministério Público e com a atuação de universidades, será feita a castração de cães e gatos, tanto machos quanto fêmeas. “A ideia é castrar 20 mil animais. É algo sem precedentes no Brasil”, afirmou Souza ao comentar as parcerias feitas com os cursos de veterinária de quatro universidades.
A secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura Marjorie Kauffmann lembrou que antes mesmo dos eventos climáticos críticos de maio o governo do Estado já vinha desenhando políticas públicas voltadas à causa animal. “As políticas públicas estaduais precisam ser norteadoras. Existe uma série de mantenedores de animais que precisam de aporte e o evento da enchente trouxe essa necessidade”, afirmou.
“Essa situação que estamos vivenciando evidencia o quanto a causa animal sensibiliza a nossa sociedade”, afirmou Leite, justificando a necessidade de ações voltadas aos animais. “É nosso dever como seres humanos termos o cuidado, o carinho devido com cada um desses animais e políticas públicas bem estruturadas”, complementou o governador, agradecendo a ajuda recebida de todo o Brasil também no atendimento aos animais.

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