A prefeitura lançou na manhã desta sexta-feira (31) o plano de ação Porto Alegre Forte e a plataforma Reconstruir Porto Alegre, que visam a recuperação da cidade após as chuvas e enchentes. A iniciativa foi desenvolvida pela prefeitura com técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus) e contou com apoio da consultoria Alvarez & Marsal, que atuou na tragédia causada pelo furação Katrina nos Estados Unidos em 2005.
Dentre as ações imediatas que o plano prevê, destacam-se a recuperação dos serviços emergenciais, estruturação de abrigos provisórios e gestão financeira emergencial. A médio e longo prazo as ações são: análise de impactos macro econômicos e fontes de recurso, soluções definitivas de bombeamento e obras de drenagem, implementação de medidas para a retomada econômica e programas de parcerias.
A questão climática também foi pauta na apresentação da prefeitura. Temas como um plano de ação de adaptação climática, verificação de mudanças legislativas vantajosas e a apresentação de medidas de inovação e sustentabilidade foram citadas durante a fala da prefeitura.
As enchentes do mês de maio trouxeram um impacto são só para os moradores da Capital mas também para os órgãos públicos da cidade. Segundo a avalição apresentada, o custo público estimando da destruição até o momento varia entre R$ 6 bilhões e R$ 8 bilhões.
Desse valor, R$ 600 milhões são da redução das receitas nesse momento, como IPTU, ISS, TCL, ITBI e outros gastos com abrigos, causa animal e receita Dmae e EPTC. Além disso, seriam R$ 5,5 bilhões com gastos em saúde, educação, habitação, áreas verdes, bombeamento e drenagem, entre outros.
O prefeito Sebastião Melo afirmou que entre esse valor dos gastos não estão sendo contabilizados os reparos necessários junto ao Dmae (Departamento Municipal de Água e Esgotos). "Se colocar o Dmae junto no cálculo o valor sobre demais. Só para construir um novo dique na FIERGS são R$150 milhões." afimou Melo.