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Publicada em 28 de Maio de 2024 às 10:43

Águas que inundaram o Salgado Filho estão sendo bombeadas para o rio Gravataí

Proposta dos arrozeiros é instalar um total de 12 bombas para a retirada da água do terreno do aeroporto Salgado Filho

Proposta dos arrozeiros é instalar um total de 12 bombas para a retirada da água do terreno do aeroporto Salgado Filho

Daniel Jaeger Gonçalves da Silva/Divulgação/JC
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Cláudio Isaías
Cláudio Isaías Repórter
As águas que tomaram conta da região do Aeroporto Internacional Salgado Filho, na Zona Norte de Porto Alegre, e que impedem o acesso ao terminal, estão sendo bombeadas para o rio Gravataí. O trabalho de retirada da água é realizado desde sábado (25) por um grupo de empresas e produtores de arroz que cederam os equipamentos. Daniel Jaeger Gonçalves da Silva, produtor de arroz, informa que neste momento estão sendo utilizadas quatro bombas com capacidade de retirar 250 litros de água por segundo da área do aeroporto e mais três bombas de 600 litros por segundo.
As águas que tomaram conta da região do Aeroporto Internacional Salgado Filho, na Zona Norte de Porto Alegre, e que impedem o acesso ao terminal, estão sendo bombeadas para o rio Gravataí. O trabalho de retirada da água é realizado desde sábado (25) por um grupo de empresas e produtores de arroz que cederam os equipamentos. Daniel Jaeger Gonçalves da Silva, produtor de arroz, informa que neste momento estão sendo utilizadas quatro bombas com capacidade de retirar 250 litros de água por segundo da área do aeroporto e mais três bombas de 600 litros por segundo.
Segundo Silva, toda a operação realizada na área do Salgado Filho é supervisionada pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) e autorizada pela Fraport, concessionária responsável pela administração do aeroporto. As bombas foram colocadas e montadas pelos arrozeiros no final da pista.
"Toda a água retirada do entorno do Salgado Filho é jogada no rio Gravataí. Essa água não está colocada no bairro Humaitá. Jamais seria permitido um trabalho desses pelo Dmae", comenta. A ideia do arrozeiros é colocar mais cinco ou seis bombas com capacidade de bombear 600 litros de água por segundo.
Daniel Jaeger Gonçalves da Silva/Divulgação/JC
Bombas têm capacidade de retirar de 250 a 600 litros de água por segundo da área do Salgado Filho (Daniel Jaeger Gonçalves da Silva/Divulgação/JC)
Conforme Silva, neste momento de dificuldade que o Estado atravessa em razão das enchentes, os produtores rurais querem ajudar. "Precisávamos ajudar com viabilidade técnica, ou seja, com nossos equipamentos para tirar a água da região do aeroporto e jogar para outro lado (no caso o Gravataí) e que não atrapalhasse nenhum lugar (nenhum bairro)", comenta. De acordo com o produtor de arroz, toda essa operação é monitorada pelo Dmae. Toda a água tirada do aeroporto vai para uma bacia de contenção ao lado do aeroporto que escoa no rio Gravataí.
O Dmae é o responsável técnico por monitorar o trabalho de bombeamento das águas da região do aeroporto Salgado Filho. "Qualquer subida do nível em qualquer lugar e que possa atrapalhar a cidade seremos avisados pelos técnicos e desligaremos imediatamente as bombas que funcionam 24 horas por dia", destaca. Segundo Jaeger, não há previsão para a conclusão do trabalhos na região aeroporto. "O Salgado Filho possui um dique alto e por isso colocamos o encanamento que joga a água para o rio Gravataí no final da pista", acrescenta.
Silva faz questão de deixar claro que o trabalho dos arrozeiros (que cederam os equipamentos para retirada da água) é supervisionado pelo Dmae e autorizado pela Fraport. E que a água que alagou o aeroporto não está sendo jogada no bairro Humaitá - questão que foi levantada pelos moradores do bairro durante protesto realizado na segunda-feira (27) na BR-290, a Freeway. 
O Dmae explica que não procede a informação de que a água que alagou o Aeroporto Salgado Filho, através do bombeamento, foi colocada no bairro Humaitá. Segundo o departamento, a água está sendo jogada nas bacias de contenção do aeroporto, que desaguam no rio Gravataí por trás da vila Dique. 

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