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Publicada em 28 de Maio de 2024 às 08:10

Investigações na Pousada Garoa são impactadas devido às enchentes

Um mês depois, a origem do fogo na pousada Garoa ainda é desconhecida

Um mês depois, a origem do fogo na pousada Garoa ainda é desconhecida

TÂNIA MEINERZ/JC
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Fabrine Bartz
Após um mês do incêndio na pousada Garoa, que deixou 10 pessoas mortas e outras 15 feridas, na avenida Farrapos, no Centro de Porto Alegre, as investigações seguem impactadas pelas fortes chuvas. A Polícia Civil instaurou um inquérito, no entanto, devido ao alagamento no Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio Grande do Sul (Procergs), os sistemas estão retornando aos poucos e não há previsão para conclusão do inquérito.
Após um mês do incêndio na pousada Garoa, que deixou 10 pessoas mortas e outras 15 feridas, na avenida Farrapos, no Centro de Porto Alegre, as investigações seguem impactadas pelas fortes chuvas. A Polícia Civil instaurou um inquérito, no entanto, devido ao alagamento no Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio Grande do Sul (Procergs), os sistemas estão retornando aos poucos e não há previsão para conclusão do inquérito.
No Instituto-Geral de Perícias (IGP), o trabalho está direcionados às demandas decorrentes da enchente, assim como as ações realizadas pelo Corpo de Bombeiros - o que impede que a etapa de depoimentos seja realizada neste momento. Dessa forma, a Polícia Civil depende do IGP para concluir o inquérito.
LEIA TAMBÉM: Incêndio na Pousada Garoa é o segundo com mais vítimas na história de Porto Alegre

Das 10 vítimas fatais, três ainda precisam ser identificadas. Segundo o IGP, o recinhecimento depende do comparecimento de familiares para comparação do material genético. Em relação aos feridos, um homem de 48 anos segue no Hospital de Pronto Socorro (HPS). Neste domingo (26), o paciente já havia saído da ventilação mecânica e apresenta estabilidade.

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) e a Defensoria Pública do Estado também estão com suas atividades afetadas, devido às enchentes que atingem o Estado. O MP-RS aguarda os documentos solicitados à prefeitura de Porto Alegre e ao Corpo de Bombeiros. Dentro da calamidade, os promotores tratam informalmente a questão, já a Defensoria suspendeu todas as atividades processuais.
Além das investigações, os sobreviventes também foram impactados pelas chuvas. Após o incêndio, quatro pessoas foram transferidas para a unidade Garoa, localizada na avenida Benjamin Constant. Com o avanço das águas, elas foram, novamente, removidas. Dessa vez, para a Associação Beneficente Amurt-Amurtel, no bairro Ponta Grossa, na Zona Sul da Capital.

“Está bem complicado, são muitas coisas que tivemos que suportar”, lamenta Luiz Henrique Fontoura dos Santos. Com a enchente, o grupo também perdeu itens que foram doados quando a pousada na Farrapos pegou fogo. “Tivemos que deixar até a cesta básica que tínhamos conseguido”, conta Catiani Escobar Bernardes. Das quatro pessoas, duas permanecem no espaço da Zona Sul, enquanto os outros dois buscam pontos diferentes na cidade.

O secretário de Desenvolvimento Social, Jorge Brasil, afirmou que a prefeitura mantém o contrato com a Garoa. “Todas as medidas estão sendo tomadas. Temos que entender que tudo isso é um processo difícil de ser resolvido em um curto prazo”. Brasil assumiu o cargo pouco tempo após o incêndio, quando o Léo Voigt pediu exoneração da pasta, no dia 7 de maio. Porém, desde 2020, a Garoa fornece leitos ao município para abrigar pessoas em situação de rua.
O incêndio na pousada Garoa aconteceu na madrugada do dia 26 de abril. Um mês depois, a origem do fogo ainda é desconhecida.

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