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Publicada em 24 de Maio de 2024 às 19:42

Enchentes deixam o Estado sem acesso a relatórios sobre qualidade da água e do ar

Centro de dados da Procergs foi desligado após o prédio ser inundado pelas enchentes

Centro de dados da Procergs foi desligado após o prédio ser inundado pelas enchentes

Gustavo Mansur/Palácio Piratini/JC
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Gabriel Dias
Os relatórios da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) sobre a qualidade da água e do ar no Rio Grande do Sul estão indisponíveis por tempo indeterminado. O acesso aos dados produzidos pelos sistemas de monitoramento foi comprometido após o desligamento do núcleo de dados do Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Rio Grande do Sul (Procergs), no dia 6 de maio. A queda do sistema ocorreu após o prédio da entidade ser inundado pelas cheias que atingiram a região central de Porto Alegre. Segundo a Procergs, apenas os sistemas de operações como Defesa Civil, Saúde e Segurança Pública foram mantidos.
Os relatórios da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) sobre a qualidade da água e do ar no Rio Grande do Sul estão indisponíveis por tempo indeterminado. O acesso aos dados produzidos pelos sistemas de monitoramento foi comprometido após o desligamento do núcleo de dados do Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Rio Grande do Sul (Procergs), no dia 6 de maio. A queda do sistema ocorreu após o prédio da entidade ser inundado pelas cheias que atingiram a região central de Porto Alegre. Segundo a Procergs, apenas os sistemas de operações como Defesa Civil, Saúde e Segurança Pública foram mantidos.
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A Fepam realiza a análise dos índices de qualidade de água e do ar, além do monitoramento de biodiversidade, através do programa Rede Ar do Sul e do sistema RS Água. A fundação afirma que os serviços de monitoramento não foram paralisados, mas com o desligamento do centro de dados, não há como apontar com precisão se os centros de processamento de dados estão enviando os relatórios normalmente.

A análise da qualidade do ar é feita de forma remota, a partir de seis pontos de monitoramento distribuídos pelo Estado: em Canoas, Triunfo, Esteio, Gravataí, Guaíba e Rio Grande. Com a dificuldade de obter os dados, a Fepam não consegue confirmar quais pontos estão operando normalmente ou se os sistemas da Rede foram danificados pelas enchentes. Já a análise do RS Água é feita pelos técnicos da Fepam utilizando amostras coletadas diretamente nos rios, mas a fundação optou por suspender essa rotina de coleta para não colocar os servidores em risco.
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Além da atualização dos dados ter sido interrompida, o site com os boletins diários de monitoramento das condições da água e do ar estão fora de serviço. Com a crise climática no Rio Grande do Sul, a Fepam suspendeu o lançamento do relatório anual de monitoramento ambiental, que seria divulgado no início do mês de maio.

Através da sua assessoria, a Fundação ressalta que depende do restabelecimento das operações na Procergs para avaliar se os dados foram devidamente processados ou se houve a interrupção do serviço de monitoramento da Rede Ar do Sul. Com relação à operação do RS Água, a retomada da visita dos técnicos aos rios do Estado acontece de forma gradual, conforme o nível das águas baixarem. Não há previsão de reestabelecimento total das operações.

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