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Publicada em 23 de Maio de 2024 às 19:18

Instituições e entidades serão ouvidas na adequação do sistema contra cheias de Porto Alegre

Melo (c) afirmou que Porto Alegre esperava por chuva, mas não na quantidade registrada

Melo (c) afirmou que Porto Alegre esperava por chuva, mas não na quantidade registrada

Bruna Suptitz/Divulgação/JC
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Fabrine Bartz
O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, afirmou nesta quinta-feira (23), durante coletiva de atualização sobre o enfrentamento à enchente, que todos os documentos apresentados por entidades e instituições serão considerados para adequar o sistema de proteção contra cheias da cidade. A fala ocorreu ao mesmo tempo em que o Sindicato dos Engenheiros (Senge-RS) estava reunido para tratar do Sistema de Proteção contra Inundações de Porto Alegre e divulgou um manifesto assinado por 42 profissionais, indicando que a Capital não precisaria ter 10% da inundação se a manutenção fosse realizada. Segundo os engenheiros, procedimentos simples poderiam ter evitado o caos que vive a cidade atualmente.
O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, afirmou nesta quinta-feira (23), durante coletiva de atualização sobre o enfrentamento à enchente, que todos os documentos apresentados por entidades e instituições serão considerados para adequar o sistema de proteção contra cheias da cidade. A fala ocorreu ao mesmo tempo em que o Sindicato dos Engenheiros (Senge-RS) estava reunido para tratar do Sistema de Proteção contra Inundações de Porto Alegre e divulgou um manifesto assinado por 42 profissionais, indicando que a Capital não precisaria ter 10% da inundação se a manutenção fosse realizada. Segundo os engenheiros, procedimentos simples poderiam ter evitado o caos que vive a cidade atualmente.
Os documentos, segundo Melo, servirão como um somatório nas ações da prefeitura. Da mesma forma, a ideia é consultar o Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) e as universidades. Durante a coletiva, o prefeito esclareceu a passagem das atribuições do Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) para o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae). Essa troca, foi um processo difícil de adaptação, pois “o Dmae tinha expertise em tratar água e não questão pluvial. Tem um roteiro e ele precisa ser seguido”.

Com a retomada das chuvas e uma nova onda de inundação em Porto Alegre, a prefeitura suspendeu as aulas da rede municipal e do setor privado nesta sexta-feira (24). A Zona Sul e o Centro da cidade foram afetados diretamente, com mais de 112 milímetros em alguns pontos - o que ultrapassou a média histórica para o mês de maio. Devido ao impacto da chuva anterior, o novo alagamento ocorreu de forma mais rápida.
O sistema de drenagem, no entanto, precisa ser revisado na totalidade. “Sabíamos dessa previsão de chuva, o governo do Estado publicou e nós (prefeitura) também divulgamos. Não fomos pegos de surpresa, mas não esperávamos essa quantidade”, afirma Melo. O decreto de calamidade pública será utilizado para ações emergenciais na cidade.
O sistema de comportas, utilizado como medida contra cheias, será fechado novamente. O diretor-geral do Dmae, Maurício Loss explicou que elas haviam sido abertas para ajudar no escoamento das águas da enchente para o Guaíba.

Das 23 casas de bombas, 19 foram inundadas. Neste momento, 10 estão em funcionamento devido às ações realizadas pelo departamento. Na mobilidade, o caminho humanitário segue em funcionamento nas duas pistas. Embora tenha afirmado a desmobilização dos abrigos, com as novas chuvas, Melo fez um apelo para que esses espaços continuem abertos até segunda-feira (27). “Não podemos fechar os abrigos neste momento”, complementa.

A previsão do vento Sul para os próximos dias também terá impacto no escoamento para a Lagoa dos Patos. Não há previsão para retornar à normalidade.

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