A Secretaria Estadual da Saúde (SES) confirmou no início da tarde desta quarta-feira (22) o segundo óbito por leptospirose em decorrência das enchentes no Rio Grande do Sul. A morte da vítima, um homem de 33 anos, havia sido informada pela prefeitura de Venâncio Aires, no Vale do Rio Pardo, onde ele residia.
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A confirmação do óbito foi possível após resultado positivo na amostra analisada pelo Laboratório Central do Estado (Lacen), em Porto Alegre.
O homem residia na região central de Venâncio Aires e, segundo familiares, teve contato com águas das enchentes, porém adotando os cuidados necessários como o uso de botas. Ele começou a apresentar os sintomas no dia 9 de maio e foi internado. Inicialmente, foi cogitado que ele estaria com dengue, o que foi descartado. A doença evoluiu rapidamente e a vítima faleceu na sexta-feira (17).
Conforme a enfermeira coordenadora da Vigilância Epidemiológica do município, Carla Lili Müller, durante o ano passado ocorreram 56 casos de leptospirose, dos quais oito foram positivos e sem registro de óbitos pela doença. Em 2024, até agora, no total são nove casos confirmados.
A enfermeira reforça a orientação para que seja procurado um serviço de saúde logo nos primeiros sintomas, como febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo (em especial, na panturrilha) e calafrios. Os sintomas surgem normalmente de cinco a 14 dias após a contaminação, podendo chegar a 30 dias. “O tratamento é iniciado já na suspeita de leptospirose, quando o paciente tem um conjunto de sinais e sintomas compatíveis e situação de risco que antecederam os sintomas nos últimos 30 dias ao aparecimento dos sinais”, explica a coordenadora Carla Lili.
A enfermeira reforça a orientação para que seja procurado um serviço de saúde logo nos primeiros sintomas, como febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo (em especial, na panturrilha) e calafrios. Os sintomas surgem normalmente de cinco a 14 dias após a contaminação, podendo chegar a 30 dias. “O tratamento é iniciado já na suspeita de leptospirose, quando o paciente tem um conjunto de sinais e sintomas compatíveis e situação de risco que antecederam os sintomas nos últimos 30 dias ao aparecimento dos sinais”, explica a coordenadora Carla Lili.
A primeira morte por leptospirose em decorrência das cheias no Rio Grande do Sul foi de um homem de 67 anos que morava em Travesseiro, no Vale do Taquari. Conforme o monitoramento do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), vinculado à SES, até o final da tarde de terça-feira (21), foram confirmados 29 casos de leptospirose no Estado.
O que é a leptospirose e como ocorre a transmissão:
A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda causada pela bactéria Leptospira. A transmissão ocorre a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados, que pode vir a estar presente na água ou lama em locais com enchente. O contágio pode ocorrer a partir da pele com água contaminada, além de também por meio de mucosas. Ter contato com a água de inundações sem botas e luvas traz risco de contaminação por leptospirose.