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Publicada em 21 de Maio de 2024 às 21:18

Região central de Porto Alegre tem árvores caídas após enchente histórica

Árvores caídas fazem parte do cenário na Praça da Alfândega, no Centro de Porto Alegre.

Árvores caídas fazem parte do cenário na Praça da Alfândega, no Centro de Porto Alegre.

TÂNIA MEINERZ/JC
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Gabriel Dias
A região central de Porto Alegre foi fortemente afetada pelas enchentes nas últimas semanas. A enxurrada que invadiu as ruas da Capital deixou um rastro de destruição que, mesmo com o nível da água baixando, não tem perspectiva de melhora imediata. No Centro Histórico, uma série de árvores caídas e galhos quebrados ocupam vias e praças. Mesmo após o início da drenagem das águas, o impacto arbóreo pode ser duradouro, já que o solo está comprometido pelas cheias.O professor da Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Claudimar Fior é especialista em Recursos Florestais e ressalta que a vegetação sofreu um prejuízo severo pela inundação do solo, o que leva às quedas. “O enraizamento das árvores acontece em ambientes que dependem de um sistema saudável de oxigênio. No momento que ocorre uma enchente, por conta da falta de oxigênio, as vegetações acabam morrendo sufocadas", explica.
A região central de Porto Alegre foi fortemente afetada pelas enchentes nas últimas semanas. A enxurrada que invadiu as ruas da Capital deixou um rastro de destruição que, mesmo com o nível da água baixando, não tem perspectiva de melhora imediata. No Centro Histórico, uma série de árvores caídas e galhos quebrados ocupam vias e praças. Mesmo após o início da drenagem das águas, o impacto arbóreo pode ser duradouro, já que o solo está comprometido pelas cheias.

O professor da Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Claudimar Fior é especialista em Recursos Florestais e ressalta que a vegetação sofreu um prejuízo severo pela inundação do solo, o que leva às quedas. “O enraizamento das árvores acontece em ambientes que dependem de um sistema saudável de oxigênio. No momento que ocorre uma enchente, por conta da falta de oxigênio, as vegetações acabam morrendo sufocadas", explica.
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Segundo o docente, dependendo do tempo em que a vegetação fica submersa, elas podem perder o efeito de fixação com o solo, o que facilita o tombamento. Além das árvores inteiras, a quebra de galhos acaba por ser uma preocupação. A chuva incide e a água fica retida nas estruturas que crescem sobre os troncos, deixando os galhos mais suscetíveis a quedas.

As plantas que tiveram galhos caídos ou que quebraram parcialmente devem ser podadas, mas Fior reitera que não é o momento de pensar em plantio da vegetação. Apenas muita observação pode garantir se a árvore deve ser totalmente substituída ou não. “Somente durante na primavera, vamos ter uma noção da condição das árvores atingidas, pois é quando as plantas florescem. Não adianta remover completamente a planta agora, pois não temos a dimensão dos danos. É capaz que a vegetação sobreviva por conta e se mantenha firme, por isso o melhor é aguardar”, indica o professor.

A Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus) e a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSurb) atuam em conjunto no controle e na manutenção da vegetação em Porto Alegre. As pastas relatam que ainda não há uma estimativa de quantas árvores foram danificadas em decorrência das enchentes. Os servidores registram que para a realização de um levantamento sobre a condição da vegetação na Capital é necessário a diminuição do nível do Guaíba.
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Confira a nota oficial da Smamus e da SMSurb:

"A Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus) e a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb) acompanham de perto as inundações e os efeitos na vegetação da cidade. Em um primeiro momento, servidores de ambas foram deslocados para atendimento ao público desabrigado em abrigos e outras funções relacionadas ao cenário de calamidade pública. Desde o começo da diminuição do nível do Guaíba, técnicos das secretarias monitoram o trabalho de limpeza da cidade. Assim que a água do Guaíba retornar totalmente à margem original, será feito um levantamento quantitativo e qualitativo dos danos que a enchente causou a flora e demais áreas verdes de Porto Alegre."

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