Uma morte por leptospirose foi confirmada pela prefeitura de Travesseiro, no Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul. Um homem de 67 anos, que teve contato com as águas de enchente começou a apresentar sintomas depois de 10 dias. Além do óbito em decorrência da doença, a cidade também registra mais 3 pessoas contaminadas.
"Uma pessoa ainda está hospitalizada e outras duas estão sendo acompanhadas pelo serviço de saúde do município", afirmou o secretário municipal de saúde, Junior Rodrigo Weizenmann.
Segundo o secretário, o homem que veio a falecer tinha comorbidade e foi internado em hospital do município vizinho, Marques de Souza, onde exames laboratoriais do hospital confirmaram a doença. O paciente estava internado na UTI.
O secretário orienta que pessoas que apresentem febre, dor no corpo e outros sintomas relacionados à leptospirose, procurem a unidade de saúde do município. Nos primeiros dias da enchente, segundo o secretário municipal de saúde, alguns moradores também apresentaram vômito e diarreia.
Além das doenças, a cidade enfrenta ainda um problema de logística para transportar os pacientes, uma vez que a ponte que ligava Travesseiro à cidade de Marques de Souza foi levada pela enxurrada no dia 2 de maio. O trajeto agora leva cerca de 90 km para ser realizado. Junior explicou, também, que uma passadeira foi construída pelo Exército provisoriamente para levar pacientes.
O ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta e o secretário de Comunicação Institucional, Emanuel Hassen de Jesus, o Maneco, anunciaram a destinação de R$ 4,1 milhões para a reconstrução da ponte que liga os municípios de Travesseiro e Marques de Souza.
A Secretaria da Saúde do Estado (SES) informou, no final da tarde desta segunda-feira (20), que o caso de leptospirose foi confirmado pelo Laboratório Central do Estado (Lacen). A cidade do Vale do Taquari tem cerca de 2,2 mil habitantes.
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O que é a Leptospirose?
A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda que é transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados pela bactéria Leptospira; sua penetração ocorre a partir da pele com lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou por meio de mucosas. O período de incubação, ou seja, intervalo de tempo entre a transmissão da infecção até o início das manifestações dos sinais e sintomas, pode variar de 1 a 30 dias e normalmente ocorre entre 7 a 14 dias após a exposição a situações de risco.
A doença apresenta elevada incidência em determinadas áreas além do risco de letalidade, que pode chegar a 40% nos casos mais graves. Sua ocorrência está relacionada às condições precárias de infraestrutura sanitária e alta infestação de roedores infectados. As inundações propiciam a disseminação e a persistência da bactéria no ambiente, facilitando a ocorrência de surtos.
A doença apresenta elevada incidência em determinadas áreas além do risco de letalidade, que pode chegar a 40% nos casos mais graves. Sua ocorrência está relacionada às condições precárias de infraestrutura sanitária e alta infestação de roedores infectados. As inundações propiciam a disseminação e a persistência da bactéria no ambiente, facilitando a ocorrência de surtos.
Fonte: Ministério da Saúde