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Publicada em 18 de Maio de 2024 às 16:38

Água recua em Canoas, mas 100 mil pessoas seguem fora de casa

No bairro Mathias Velho, é possível observar o recuo da água

No bairro Mathias Velho, é possível observar o recuo da água

Larissa Fernandes/Especial/JC
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Júlia Fernandes
Júlia Fernandes Repórter
Terceira cidade mais populosa do Rio Grande do Sul, Canoas enfrenta uma grave situação após a enchente que atingiu o município, deixando mais de 100 mil desabrigados. Na quinta-feira (16), a prefeitura iniciou a instalação de bombas nas regiões dos diques dos bairros Mathias Velho e Rio Branco para retirar a água da região oeste de Canoas. As bombas menores, que operam 24 horas, são provenientes de parcerias com o empresariado local.
Terceira cidade mais populosa do Rio Grande do Sul, Canoas enfrenta uma grave situação após a enchente que atingiu o município, deixando mais de 100 mil desabrigados. Na quinta-feira (16), a prefeitura iniciou a instalação de bombas nas regiões dos diques dos bairros Mathias Velho e Rio Branco para retirar a água da região oeste de Canoas. As bombas menores, que operam 24 horas, são provenientes de parcerias com o empresariado local.
Neste sábado (18), no bairro Mathias Velho, já era possível observar o recuo da água. Apesar do nível ainda estar alto, a água havia baixado em alguns pontos da região. Com isso, algumas famílias que já conseguem entrar em suas residências, avaliam os estragos e começam a limpeza dos locais tomados por lama, lixo e restos de móveis.
Conceição de Jesus Pinto, morador do bairro, deixou sua residência no dia 4 de maio. “São 14 dias fora de casa. Eu morava com minha filha de quatro anos, que é autista, e minha esposa. Não deu tempo de pegar nada, porque o dique invadiu rápido”, comenta. Hoje, Conceição e sua esposa tentam limpar a casa e salvar o que sobrou. “A água baixou bastante aqui. Conseguimos entrar e tentar organizar o pouco que restou, mas estamos sem água e não conseguimos fazer muita coisa”, relata Conceição.
Próximo dali, uma das bombas já estava em funcionamento. Paulo Ricardo Rodrigues, funcionário de uma das empresas locais que atua junto à prefeitura, está diariamente no local acompanhando a situação. “Quando chegamos aqui na quinta-feira à noite, as placas de trânsito estavam debaixo d’água. Agora conseguimos ver parte delas”, comenta
Larissa Fernandes/Especial/JC
No bairro Mathias Velho, água recua na rua Curitiba, ponto em frente ao dique que transbordou. Imagem: Larissa Fernandes/Especial/JC
Ainda na sexta-feira (17), foi instalada a primeira das oito bombas de maior potência enviadas a Canoas pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Os equipamentos são capazes de bombear 2,5 mil litros de água por segundo e, assim como as demais bombas utilizadas na cidade, operam ao longo de todo o dia.
No acesso ao bairro Mathias Velho, o viaduto no fim da rua Rio Grande do Sul ainda é o ponto de encontro dos grupos de resgate. Alguns barcos chegam ao local carregando animais recém-resgatados. Outras embarcações cobram para levar moradores até suas casas, na esperança de salvar alguns objetos pessoais ou verificar se a água já baixou, permitindo que possam retornar aos seus lares.

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