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Publicada em 17 de Maio de 2024 às 11:33

Resgates das enchentes em Porto Alegre completam 14 dias

No viaduto José Eduardo Utzig foram realizados 4,5 mil salvamentos

No viaduto José Eduardo Utzig foram realizados 4,5 mil salvamentos

TÂNIA MEINERZ/JC
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Mauro Belo Schneider
Mauro Belo Schneider Editor-executivo
Esta sexta-feira (17) marca o 14º dia de resgates decorrentes das enchentes em Porto Alegre. Luiz Fernando Ximango, que coordena o ponto próximo ao viaduto da avenida Benjamin Constant, na Zona Norte, motivava os voluntários com megafone, nesta manhã, dizendo que foram mais de 4,5 mil vidas e 1,5 mil animais salvos no local.
Esta sexta-feira (17) marca o 14º dia de resgates decorrentes das enchentes em Porto Alegre. Luiz Fernando Ximango, que coordena o ponto próximo ao viaduto da avenida Benjamin Constant, na Zona Norte, motivava os voluntários com megafone, nesta manhã, dizendo que foram mais de 4,5 mil vidas e 1,5 mil animais salvos no local.
“Hoje sentei na cama, respirei fundo, fui levantar e não tive força. Mas quando vi as mensagens das pessoas chegando, lembrei o quanto importante é voltar para cá. A gente sabe que há ainda muitas vidas para salvar”, afirma Ximango.
TÂNIA MEINERZ/JC
O trabalho no viaduto José Eduardo Utzig já teve dias intensos. Nesta sexta, o vai e vem de barcos ainda ocorria, mas sem tanta pressa. A região continua muito alagada, com a água passando de 1 metro de altura. As concessionárias de carros seguem submersas.
A área debaixo do viaduto é um ponto de acolhimento com suporte 24h. Ali há assistência médica, farmácia, banca logística, tenda pet, oficina e posto de gasolina para embarcações. “Todo trabalho é feito por civis, não temos auxílio do Estado. Mesmo assim não registramos nenhum acidente de trabalho e nenhum óbito”, relata Ximango.
A atividade continua, segundo ele, até a água secar. “Vamos ficar aqui até passar, ninguém vai ficar para trás”, garante.

Como está a Zona Norte nesta sexta-feira

A reportagem do Jornal do Comércio circulou de barco, na manhã desta sexta-feira, por avenidas como Farrapos, Cairú e Sertório. O cenário ainda é caótico, inimaginável para qualquer porto-alengrense.
É possível observar diversas pessoas ilhadas em apartamentos. São indivíduos que resolveram permanecer em casa. A percepção é que suas vidas estão pausadas. Eles passam o dia observando o movimento aquático de suas janelas.
Alguns chegaram a criar sistemas com tubos ou cordas para receber materiais, já que não podem sair. Ao circular por ali é difícil prever um futuro de normalidade.
TÂNIA MEINERZ/JC
Avenida Farrapos seguia completamente debaixo d´água. Foto: Tânia Meinerz/JC

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