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Publicada em 16 de Maio de 2024 às 20:43

Com elevação das águas, Rio Grande prepara estrutura para receber 3 mil desabrigados

Pórtico de entrada da cidade foi bloqueado pelas águas na manhã desta quinta

Pórtico de entrada da cidade foi bloqueado pelas águas na manhã desta quinta

Alexsander Telles/Prefeitura de Rio Grande/JC
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Cássio Fonseca
Cássio Fonseca Repórter
Com a Lagoa dos Patos em uma crescente ao longo da última semana, atingindo a marca de 2,68 metros na tarde desta quinta-feira (16) - 18 cm a mais que o pico de quarta -, com 78 cm acima do Cais, o município de Rio Grande precisou intensificar os resgates e cuidados em abrigos. A tendência para os próximos dias é de que a água siga subindo.
Com a Lagoa dos Patos em uma crescente ao longo da última semana, atingindo a marca de 2,68 metros na tarde desta quinta-feira (16) - 18 cm a mais que o pico de quarta -, com 78 cm acima do Cais, o município de Rio Grande precisou intensificar os resgates e cuidados em abrigos. A tendência para os próximos dias é de que a água siga subindo.
A previsão, de acordo com o prefeito da cidade, Fábio Branco, é de que na próxima terça-feira (21) fique marcada pelo pico mais alto do estuário. A máxima se dá pela descida do lago Guaíba, que vem de Porto Alegre.
O vento, crucial para que a cheia dê um passo atrás, se manteve no sentido Sudoeste. O ideal é que ele esteja na direção Norte. Com o pior cenário se repetindo durante as madrugadas, ruas tradicionais como Valporto e Marechal Deodoro amanheceram alagadas.
Branco também destaca o aumento na capacidade de abrigos. De momento, são 706 pessoas acolhidas em alojamentos - 100 delas recebidas nesta quinta. "Estamos organizando 2.500 vagas além da capacidade atual, caso seja necessário. Hoje, temos estrutura para receber mais 500 pessoas imediatamente, além daqueles que já estão abrigados". Na última madrugada, 600 pessoas foram resgatadas de suas casas por conta do avanço da água.
Com o Sul do Estado sendo a última região a ser atingida pela enchente, o prefeito explica o diálogo com o poder público e as necessidades para os próximos dias: "até então não tivemos liberações de recursos. Neste primeiro momento, recebemos mão de obra. Agora, o que a gente tem que pedir é apoio em uma segunda etapa, referente a alimentos. As pessoas estão precisando de ajuda, muitas foram realocadas na casa de parentes e amigos. Também temos a necessidade de um apoio financeiro para as comunidades na hora da reconstrução, que estamos solicitando para o governo federal e estadual". Donativos como material de higiene, limpeza e roupa de cama também são urgentes.
Branco ainda associa a precariedade do comércio da cidade com a dificuldade na locomoção. O transporte público é o mais afetado, com dez linhas de ônibus suspensas, quatro a mais do que na quarta-feira.
Já em Pelotas, a Lagoa dos Patos também se manteve na mesma linha, atingindo a marca de 2,76 metros, conforme a última atualização desta quinta-feira. O recorde ficou por conta do Canal São Gonçalo, que atingiu 3,02 m. A situação dos pelotenses é similar a de Rio Grande, registrando um total de 673 pessoas em abrigos.
 

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