O Hospital Mãe de Deus, fechado desde o início do alagamento que atingiu a avenida José de Alencar, no bairro Menino Deus, em Porto Alegre, terá um plano para minimizar os efeitos de futuras enchentes. A informação foi divulgada pelo diretor de operações do local, Clayton Moraes, durante coletiva de imprensa. Ele prevê a reabertura dentro de 15 a 20 dias.
“Recebemos a visita de engenheiros de São Paulo para nos ajudar a entender a extensão do dano elétrico no prédio. Eles ainda têm uma rede muito adequada de fornecedores para trazer materiais para cá”, informa.
“Estamos estudando um plano de curto prazo, esse de 20 dias, para reabrir, e um de médio prazo, de três a seis meses, para levar estruturas para outro andar”, afirma.
Isso tornaria, segundo Moraes, o hospital mais seguro. Atualmente, há uma casa de bombas própria subterrânea, mas ela ficou submersa. A água chegou a 2 metros de altura no subsolo do Mãe de Deus, e não atingiu o andar térreo.
Na manhã desta quinta-feira (16), o local continuava sem luz. Alguns desavisados chegavam em busca de atendimento na emergência e eram informados sobre a suspensão dos serviços. Se vê, ainda, chegada de materiais e uma equipe fica coordenando os trabalhos na porta de entrada. Motoristas que deixaram carros no estacionamento já podem retirá-los.
Devido à enchente histórica que atingiu o Rio Grande do Sul, no dia 4 de maio, o Mãe de Deus foi fechado e a evacuação foi concluída no dia 5. Os pacientes acabaram sendo transferidos para instituições como Divina Providência, Santa Casa de Misericórdia, Ernesto Dornelles, Hospital da Pucrs e da Brigada Militar.
Atualmente, não há nenhum serviço em funcionamento no complexo da José de Alencar. “Iniciamos hoje o processo de limpeza, estamos drenando o subsolo e retirando entulhos. A partir disso, conseguiremos acessar a subestação elétrica, de gases e hidráulica para começar a reparar essas estruturas”, expôs Moraes.
Depois, luz, água e gás serão restabelecidos. Os serviços do Mãe de Deus continuam ocorrendo na rua Orfanatrófio, através do Centro de Radioterapia, voltado a pacientes oncológicos, e na unidade da Carlos Gomes, que atende emergência traumatológica, cirurgia e hemodiálise.
Ainda não há ideia do impacto financeiro. “Já há alguns valores preliminares que são bem altos”, comentou Moraes, sem dar números exatos. Entre os equipamentos afetados, está um de raio-x, que é fixo, computadores e a central de controle, que faz toda parte de fluxo do paciente.
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