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Publicada em 15 de Maio de 2024 às 12:24

Cete atua como heliponto para distribuir doações pelo Estado

Distribuição de doações por helicóptero no Centro Estadual de Treinamento Esportivo (Cete), em Poro Alegre

Distribuição de doações por helicóptero no Centro Estadual de Treinamento Esportivo (Cete), em Poro Alegre

Secom/Divulgação/JC
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Maria Amélia Vargas
Maria Amélia Vargas Repórter
Com muitas regiões gaúchas em nível máximo de urgência de ajuda ao mesmo tempo, o Centro Estadual de Treinamento Esportivo (Cete), em Porto Alegre, foi transformado em heliponto temporário para recebimento e distribuição de doações aos atingidos pelas enchentes. Desde que o tempo melhorou, na última terça-feira (14), dezenas de aeronaves pousam e decolam do local com os mantimentos necessários a cada localidade.
Com muitas regiões gaúchas em nível máximo de urgência de ajuda ao mesmo tempo, o Centro Estadual de Treinamento Esportivo (Cete), em Porto Alegre, foi transformado em heliponto temporário para recebimento e distribuição de doações aos atingidos pelas enchentes. Desde que o tempo melhorou, na última terça-feira (14), dezenas de aeronaves pousam e decolam do local com os mantimentos necessários a cada localidade.
Inicialmente, a Secretaria do Esporte e Lazer (SEL) do RS, responsável pelo local, fazia o compartilhamento dos donativos que excediam às necessidades das 200 pessoas abrigadas no ginásio por meio de caminhões aos municípios que podiam ser acessados por terra. Mas, com a contribuição de helicópteros públicos e privados, o potencial de circulação foi ampliado.
“A partir dessa ajuda, estamos conseguindo chegar inclusive a municípios que estão ilhados. Então é muito importante que as pessoas sigam doando para cá. Ontem foi material para Guaíba, Eldorado, Estrela, Cotiporã, Muçum, Santa Teresa, entre outros”, relata o titular da pasta, Bruno Ortiz Porto.
Como este tipo de aeronave comporta um peso limitado, as equipes que estão trabalhando no Cete encaminham as roupas, alimentos e outros materiais de forma bastante assertiva. “Tem locais que precisam de colchão, de cobertor, de água. Em outros, a falta é de remédio e comida. Nossos esforços são para conseguirmos nos organizar para entregar exatamente o que se necessita”, explica Porto.
Por esse motivo, o secretário faz um apelo para que as contribuições não cessem e por mais voluntários para ajudar nesta demanda nova. Ele explica que as centenas de pessoas auxiliam na separação de roupas, mantimentos, acolhimento e recreação. Mas, com este novo canal de socorro às vítimas, precisa-se de gente para abastecer os helicópteros.
O bancário Otaviano Carvalho, 60 anos, está há mais de 10 dias trabalhando como voluntário no Cete. Apesar de a sua casa na Capital estar a salvo das águas, ele afirma se sentir gratificado em poder contribuir: “Sabemos que podemos ajudar tantas pessoas que estão em situação crítica, como os de Arroio do Meio e outros que precisam muito de nós”.
 
Secom/Divulgação/JC
 
Para agilizar os benefícios que estão sendo concedidos aos atingidos pela tragédia climática, uma equipe da prefeitura dirigiu-se ao Cete para fazer o atendimento às famílias asiladas em relação ao Cadastro Único do governo Federal (CadÚnico). O objetivo das visitas aos alojamentos para atualizar dados é fazer novos cadastros e oferecer consulta do benefício do Programa Bolsa Família. A ação é realizada das 9h30min às 12h e das 14h às 17h e se estende aos mais de 150 abrigos emergenciais para orientar os acolhidos.
Acolhida no centro esportivo, a trabalhadora de reciclagem Sinara Sales, 43 anos, estava na fila para conferir se o valor a que tem direito entrará de forma integral nesse mês. “Eu estava recebendo menos, mas eu retirei uma filha que se casou do cadastro e o valor passou a entrar com desconto. Agora quero ver como está a minha situação”, descreve.
Segundo a Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), quem saiu do seu domicílio em decorrência da situação de calamidade não precisa realizar atualização cadastral no momento. Entretanto, aumentou a busca por novas inscrições aumentou desde o início das enchentes, por isso a ação foi concebida. Aqueles que não possuem documento, perderam o cartão ou documentos pessoais, devem aguardar a orientação do Ministério de Desenvolvimento Social (MDS) nos próximos dias.

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