Com 56 abrigos montados entre Gravataí e Cachoeirinha, são pelo menos 3,2 mil pessoas acolhidas na região. Boa parte delas, vindas de Canoas, Porto Alegre e Eldorado do Sul. Justamente por essa característica assumida pela região, como um ponto um pouco mais seguro às vítimas das cheias de municípios mais afetados pela tragédia, que uma iniciativa voluntária, em parceria com o governo municipal de Gravataí, promete reunir famílias separadas após o socorro.
A Secretaria Municipal de Assistência Social (SMFCAS) disponibiliza um banco de dados para a busca de familiares e o reencontro de pessoas que estão em abrigos na cidade. A ferramenta lista os nomes, uma forma de contato, a cidade e o bairro de origem de cada um. Já são 2.188 pessoas cadastradas.
“Nós sabemos que, durante as enchentes, muitas famílias foram separadas. Por isso entendemos a importância e a necessidade de entregar para a população uma ferramenta com esta. Esperamos que muitas pessoas se encontrem e que este momento seja superado. Não posso deixar de agradecer ao Paulo por ter nos chamado e investido o seu tempo neste trabalho tão bonito”, diz a diretora do departamento de Proteção Social Especial, Bianca Guedes.
A iniciativa surgiu de uma parceria entre a SMFCAS e voluntários do Ministério You, da Igreja Assembleia de Deus. Todo o banco de dados é alimentado pela prefeitura.
A região segue em alerta pelo volume de chuvas previsto para este final de semana. Por isso, as duas prefeituras reforçam que não é o momento para famílias de áreas inundadas na região voltarem às suas casas. Além das regiões afetadas pelo Rio Gravataí, bairros próximos dos arroios Barnabé e Demétrio, que podem inundar com o volume de chuva, estão sob risco nos próximos dias.
Ao menos no amanhecer deste sábado, houve um bom sinal. O Rio Gravataí segue baixando. A medida nesta manhã era de 5m79cm na Estação Hidrometeorológica de Gravataí, no Passo das Canoas. Representa 9 centímetros a menos do que na manhã de sexta e 43 centímetros a menos do que no ápice das cheias.