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Publicada em 07 de Maio de 2024 às 14:33

Estações de água Menino Deus, Tristeza e São João são religadas em Porto Alegre

Recomendação da prefeitura é utilizar água apenas para consumo essencial e alimentação

Recomendação da prefeitura é utilizar água apenas para consumo essencial e alimentação

PMPA/Divulgação/JC
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Fabrine Bartz
Atualizada às 21h
Atualizada às 21h
Em meio a maior enchente do Rio Grande do Sul, Porto Alegre também enfrenta uma emergência sanitária. Das seis Estações de Tratamento de Água, quatro estão em funcionamento na Capital, a Belém Novo, que abastece 200 mil pessoas na região do extremo-Sul da cidade, e a São João, que atende 425 mil pessoas na Zona Norte. Já a ETA Menino Deus, religada na tarde desta terça-feira (7), abastece 37 bairros da Capital e atende a cerca de 500 mil pessoas. Por volta das 18h30min foi a vez de a ETA Tristeza ser religada. A previsão, segundo o prefeito Sebastião Melo, é de que até sexta-feira a operação esteja normalizada na cidade.

A CEEE Equatorial realizou tentativas de reenergizar a região. O Dmae busca religar tanto a Estação de Captação de Água Bruta quanto a Estação de Bombeamento de Águas Pluviais número 12, próxima à rótula das cuias, que auxilia a drenagem. “Buscamos uma linha exclusiva para redirecionar a energia elétrica apenas para o bombeamento do Dmae”, explicou o diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Maurício Loss.
Além disso, Loss esclareceu que a água disponibilizada nas torneiras pelo Dmae é potável. Já o ponto de captação do sistema do Moinhos de Vento, que abastece grande parte dos hospitais da Capital, encontra-se muito alagado. O Dmae solicitou a blindagem do local para que seja possível isolar e esvaziar a água dentro da estação de bombeamento. A recomendação é de que sejam retirados botes próximos à região da rua Lima e Silva como medida de segurança.

Os 16 caminhões-pipas disponíveis estão restritos para o abastecimento de hospitais, asilos e geriatrias. Caminhões-pipas de outras regiões do País devem chegar nos próximos dias. Em um caso extremo será utilizado o sistema de abastecimento da Ambev.

Sebastião Melo abriu a coletiva da tarde desta terça fazendo uma prestação de contas, devido a informações que circulam em nível nacional referente a ausência de recursos destinados ao sistema de drenagem. Foram mencionados algumas ações como, por exemplo, os R$ 107 milhões destinados ao Arroio Areia.

Os resíduos sólidos também são um problema. Diariamente, 1,6 mil toneladas de lixo são destinadas à Minas do Leão. Desde o início das chuvas, 6 mil toneladas foram retiradas das ruas e estão estocadas, devido aos estragos nas vias.

A Capital também enfrenta uma onda de saques e as autoridades operam em conjunto. Uma nova frente fria deve chegar ao Estado, por isso, o apelo para doações. A falta de equipamentos também impacta no resgate das pessoas afetadas pelas chuvas. “Os clubes estão nos auxiliando fornecendo barcos”, ressaltou o vice-prefeito Ricardo Gomes.

Na educação, as aulas da rede municipal estão suspensas até a próxima sexta-feira (10). As unidades não atingidas atendem alunos e familiares. O mesmo vale para rede privada. Já os eventos públicos estão suspensos por 15 dias, de 6 a 20 de maio. No comércio, a recomendação é suspender as atividades também até sexta-feira.

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