Para ajudar os gaúchos que enfrentam uma das piores catástrofes climáticas da história, a Marinha do Brasil enviará, nesta quarta-feira (8), o navio-aeródromo multipropósito "Atlântico", maior navio da força naval, para a cidade de Rio Grande. O envio da embarcação tem o objetivo de aumentar a capacidade de apoio às populações atingidas pelas enchentes e fortes temporais que assolam o Rio Grande do Sul. A embarcação transportará duas estações móveis para tratamento de água.
Com organização semelhante a uma operação de guerra, a Marinha do Brasil decidiu mobilizar quatro navios, 20 embarcações, 12 aeronaves e centenas de militares. A situação assemelha-se à resposta dada, em fevereiro do ano passado, aos fortes temporais que assolaram o Litoral Norte de São Paulo, especialmente em São Sebastião. A ação da Marinha em São Paulo ficou conhecido como Operação "Abrigo Pelo Mar".
O navio "Atlântico" transportará duas estações móveis para tratamento de água, capazes de produzir um total de 20 mil litros de água potável por hora, a fim de suprir parte da demanda das cidades que sofrem com a escassez desde o rompimento das barragens. Além do “Atlântico”, a Marinha mobiliza o navio de apoio oceânico "Mearim" e o navio-patrulha oceânico "Amazonas", equipado com três embarcações miúdas, que começaram nesta terça-feira (7) o deslocamento para o Rio Grande do Sul. A Fragata "Defensora", está com partida prevista para quarta-feira (8), transportando doações e suprimentos.
Para auxiliar no resgate às vítimas ilhadas e no transporte de suprimentos pelas vias alagadas, o "Atlântico" levará oito embarcações de médio e pequeno porte, que, somadas às oito lanchas em uso no Estado desde o dia 30 de abril, ampliarão o contingente de meios aquáticos disponibilizados pela Marinha.
O trabalho das equipes de resgate aéreo da Marinha, que salvaram mais de 150 pessoas desde o início da operação, receberá, com a chegada dos navios, o reforço de mais oito aeronaves, além das quatro que permanecem de prontidão no Rio Grande do Sul. Serão 12 helicópteros, no total, em um esforço contínuo de resgate aos moradores ilhados em áreas de difícil acesso. Também estão sendo enviados 40 viaturas e 200 militares fuzileiros navais para atuar na desobstrução das vias de acesso, além de equipes de apoio à saúde, formadas por médicos e enfermeiros.