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Publicada em 06 de Maio de 2024 às 16:39

Água avança pela Cidade Baixa e gera mais um cenário de guerra

População sai às pressas da Cidade Baixa e se desloca para casa de amigos e familiares

População sai às pressas da Cidade Baixa e se desloca para casa de amigos e familiares

Fabrine Bartz/JC
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Fabrine Bartz
Buzinas por todos os lados, pessoas saindo de casa e a água atingindo a avenida Aureliano Figueiredo Pinto. Este é o cenário do bairro Cidade Baixa, às 15h40min desta segunda-feira (6). A água avança de forma rápida pela região. Como forma preventiva, a prefeitura de Porto Alegre decretou a evacuação do bairro.
Buzinas por todos os lados, pessoas saindo de casa e a água atingindo a avenida Aureliano Figueiredo Pinto. Este é o cenário do bairro Cidade Baixa, às 15h40min desta segunda-feira (6). A água avança de forma rápida pela região. Como forma preventiva, a prefeitura de Porto Alegre decretou a evacuação do bairro.
O morador da rua João Alfredo com a República Cristiano Borges Martins andava pela Cidade Baixa com malas e mochilas, mesmo com o sol forte na capital dos gaúchos - que registrou 31,2º na estação do Jardim Botânico. Há cinco anos no bairro, Martins vivenciou algo semelhante apenas em setembro do ano passado, quando houve um alagamento no local. “Alagou 30 centímetros e a água baixou durante a noite, mas nunca vi algo como agora”, relatou.
Até este horário, a água ainda não havia chegado no condomínio de Murilo Plack, próximo a rua General Lima e Silva, mas o morador já estava se preparando para sair de casa. “Como não tenho condição de sair da cidade, estamos buscando outros locais, pretendo ir para casa da minha noiva no Partenon”, complementou.
Já a moradora do bairro Rio Branco Sinara Grisolia tentava convencer o pai, Vicente Grisolia, a sair da Cidade Baixa. Os dois, acompanhados do vizinho, estavam na calçada observando mais um cenário de guerra que se formou no bairro, em meio à maior enchente enfrentada no Rio Grande do Sul. Curioso, Vicente Grisolia, com mais de 80 anos, mantém o apego com a casa. “Eu estou no segundo andar, não tem local mais seguro. Eu vim até aqui para ver até onde a água estava”.
A casa de bomba próxima a rótula das cuias foi desligada pela CEEE Equatorial visando à segurança. Moradores, comerciantes e até mesmo pessoas de outras regiões - que optaram pelo bairro, pois já haviam saído das suas residências - saem do bairro com agilidade.
Carros e caminhões transportam a população para casa de amigos e familiares, além da dos abrigos da prefeitura. No céu, o cenário também se repete. Diversos helicópteros circulam pela cidade desde a madrugada, o que se intensifica durante a tarde.

Agentes da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), orientam o melhor caminho para aqueles que buscam um local seguro. Comerciantes, também assustados, recolheram o máximo possível de móveis e levaram para o segundo andar das residências.

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