De Cachoeirinha
A situação entre os municípios do Vale do Gravataí continua sendo de alerta total. Desde a madrugada até o começo da tarde, a medição do rio, em Gravataí, manteve-se estável, sem nenhuma queda, em 6,22 metros. O índice máximo já atingido pelo Rio Gravataí neste ponto, em 1990, foi de 6,91 metros, mas o nível considerado normal é de 2,60 metros.
Com isso, o município contabiliza 1,7 mil pessoas fora de suas casas, invadidas pela água – 554 delas estão em abrigos montados no município. Em Cachoeirinha, que também fica no curso do Rio Gravataí, a prefeitura local contabilizava até a noite de domingo 2,5 mil pessoas desalojadas. Os dois municípios recebem ainda, em pelo menos 50 abrigos, centenas de pessoas vindas de Canoas, onde o Rio Gravataí, e também o Sinos, tomou mais de 60% do território.
Entre Gravataí e Cachoeirinha, a água chegou a dois dos bairros mais populosos, a Vila Rica, em Gravataí, e o Parque da Matriz, em Cachoeirinha. Ambos têm, além do curso do rio e do Arroio Barnabé, um de seus principais afluentes, a Freeway ao fundo. Nesta área, o Centro de Distribuição das Farmácias São João, pelo relevo, não foi atingido pela cheia.
De acordo com a Defesa Civil de Gravataí, enquanto não houver sinais significativos de baixa do manancial, segue a situação de alerta entre os bairros Vila Rica, Novo Mundo, Vale Ville, Caça e Pesca, Mato Alto e Passo das Canoas. Desde a noite de domingo, ao menos, não houve grande alteração em relação ao número de pessoas que foram obrigadas a deixarem suas casas.
Em Cachoeirinha, o alerta permanece, além do Parque da Matriz, nos bairros Veranópolis, Eunice Velha, Imbuí, Vila Cachoeirinha. Todos próximos ao dique que protege esta parte da cidade das altas do Rio Gravataí. A principal avenida da cidade, a Flores da Cunha, por exemplo, desde a madrugada de sábado segue com as primeiras quadras debaixo da água.
É a avenida que leva à ponte, no limite entre Cachoeirinha e Porto Alegre. Este acesso à Capital segue interditado, com a pista nos dois lados tomada pela água, no alagamento que se estende até o bairro Sarandi, em Porto Alegre.