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Publicada em 06 de Maio de 2024 às 13:20

Em meio a inundação histórica, Porto Alegre começa a racionar água

Racionamento é adotado em meio a impactos da enchente histórica que atinge Porto Alegre

Racionamento é adotado em meio a impactos da enchente histórica que atinge Porto Alegre

Gustavo Garbino/PMPA/JC
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Pode parecer absurdo, mas a mesma Porto Alegre que vive o drama das inundações, com a elevação de rios e impacto sobre o Guaíba que retira milhares de famílias de casa e paralisa negócios, acaba de entrar em racionamento de água.
Pode parecer absurdo, mas a mesma Porto Alegre que vive o drama das inundações, com a elevação de rios e impacto sobre o Guaíba que retira milhares de famílias de casa e paralisa negócios, acaba de entrar em racionamento de água.
A medida foi anunciada na manhã desta segunda-feira (6) pela prefeitura e já está em edição extra do Diário Oficial de Porto Alegre (Dopa). O decreto determina o racionamento e restringe o uso de água, enquanto a enchente impedir a regularização do serviço, diz o município, em nota.
"A água distribuída pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) deve ser, exclusivamente, para consumo essencial", alerta a prefeitura. 
Lavagens de carros, calçadas e fachadas, rega de jardins e gramados estão vetados. Uso em salões de beleza, clínicas estéticas, academias, em banho e tosa de animais deve ser evitado.
A decisão não causa surpresa. Desde sexta-feira (3) e mais ainda no fim de semana, com impacto das inundações sobre estações de captação e tratamento do Dmae, moradores e estabelecimentos já eram avisados para economizar e racionar o uso. O abastecimento já estava sofrendo restrições severas.
"O desabastecimento é real e vai levar tempo até ser retomado com regularidade. Estamos buscando alternativas em diferentes frentes, mas a consciência de cada cidadão é decisiva para não piorar o cenário”, disse, na nota, o prefeito da Capital, Sebastião Melo.

Melo chegou a incentivar, em entrevistas nesse domingo (5), que porto-alegrenses com imóveis no Litoral se deslocassem para as cidades que não enfrentam o contingenciamento e risco de falta de água. 
 
O Dmae avisou na manhã desta segunda-feira que não há previsão de quando vão ser religadas as estações de tratamento. "Ainda não temos previsão e a recomendação é de que os bairros que contam com abastecimento economizem água", indicou, em nota, antecipando o que viria elo decreto.
O problema é a inundação que atinge quatro estações que captam a água para tratamento: Ilhas, Moinhos de Vento, São João e Tristeza.

Além disso, o Dmae diz que as estações Menino Deus e Belém Novo, que ainda estão em operação, funcionam com capacidade reduzida. O motivo: a turbidez da água, explica o departamento. 

Hospitais e abrigos estão sendo abastecidos por pipas, completa o Dmae.

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