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Publicada em 06 de Maio de 2024 às 11:36

Empréstimo de tomadas se espalha no Centro Histórico de Porto Alegre

Vizinhos oferecem extensão de luz e wi-fi na Rua Duque de Caxias, em Porto Alegre

Vizinhos oferecem extensão de luz e wi-fi na Rua Duque de Caxias, em Porto Alegre

Nathan Lemos/JC
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Maria Amélia Vargas
Maria Amélia Vargas Repórter
Moradores de Porto Alegre estão usando a criatividade para ampliar a corrente de solidariedade neste momento trágico na história do Rio Grande do Sul. Na rua Duque de Caxias, Centro Histórico da Capital, a falta de luz, água e internet tem sido driblada de forma muito simples e eficiente: comerciantes e residentes estendem fios de luz, senha de wi-fi, abrigos da chuva e até cafezinho à comunidade local.
Moradores de Porto Alegre estão usando a criatividade para ampliar a corrente de solidariedade neste momento trágico na história do Rio Grande do Sul. Na rua Duque de Caxias, Centro Histórico da Capital, a falta de luz, água e internet tem sido driblada de forma muito simples e eficiente: comerciantes e residentes estendem fios de luz, senha de wi-fi, abrigos da chuva e até cafezinho à comunidade local.
A iniciativa partiu da proprietária de uma loja da Agafarma próxima à esquina da rua Portinho, Rubia Mocelin. Ela começou oferecendo ajuda aos bombeiros de unidade próxima e acabou estendendo o ato aos vizinhos. “A gente tinha bastante tomadas e rabichos de luz, e começamos colocando na rua, alguém chegou com uma régua gigante e conseguimos fazer uma ‘rede de réguas’. Aí o pessoal começou a ver e também jogar as suas extensões pela janela”, conta a comerciante.
Nathan Lemos/JC
Nessa sintonia, o casal de vizinhos do prédio ao lado, Ivy Paz e Luis Carlos Hauber, de 47 e 67 anos, respectivamente, uniram-se ao movimento disponibilizando réguas pela janela até as 22h. “Ontem eu e a minha filha Alice levamos alguns telefones para carregar lá em cima e devolvemos com um adesivo de coração. As pessoas precisam, pelo menos, ter o celular carregado para se comunicar com quem é importante na vida deles.”
No edifício da esquina à direita da farmácia, o zelador Rafael Henrique, 47 anos, juntou material e montou uma outra estação de abastecimento de energia informal. “Somos os únicos locais ainda com luz na região, então vi a movimentação e convidei os moradores a colaborarem. E a gente está aí, um ajudando o outro”, conta Henrique.
Entre os acolhidos pelo ponto solidário, a advogada Karine Zilli, 43 anos, tem conseguido abastecer o celular e se comunicar com família e amigos por causa desta atitude de generosidade. “Sou moradora aqui do Centro Histórico e, graças a Deus, a minha residência fica numa parte mais alta, mas estou sem luz, sem internet e tenho vindo aqui neste local específico para isso”, relata.
Nathan Lemos/JC

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