Com o aeroporto de Porto Alegre fechado desde sexta-feira por conta das inundações, gaúchos que estão em outros estados buscam alternativas para voltar para casa. Uma das mais usadas têm sido descer em Florianópolis e seguir até o Rio Grande do Sul via estrada.
Conforme a CCR Via Sul, concessionária que administra a Freeway, não há restrição de tráfego na BR-101 gaúcha. “O fluxo está normal em toda a extensão”, afirma a empresa através de sua assessoria de imprensa.
Porém, o único acesso para Porto Alegre pela Freeway é pela ERS-118, em Gravataí, na altura do km 74. A CCR Via Sul ressalta, também, que a cobrança de pedágio está suspensa até o restabelecimento total do fluxo nas rodovias do Rio Grande do Sul.
O Comando Rodoviário da Brigada Militar montou um mapa para ajudar as pessoas neste deslocamento. “Criamos o link para facilitar as orientações”, justifica o comando através de nota enviada ao Jornal do Comércio. O conteúdo com os bloqueios pode ser acessado em http://crbm.bm.rs.gov.br/mapadebloqueios.
Gaúchos não conseguem chegar em casa
Antes cancelados até esta segunda-feira (6), agora os voos para Porto Alegre estão suspensos pelo menos até sexta-feira (10). Isto faz com que, além de todo impacto emocional, as pessoas tenham gastos extras.
Sabrina Crespo viajou a Salvador com os dois filhos e está impossibilitada de retornar ao Estado. "Na hora de remarcar para Floripa, fiquei pensando no custo, que é mais alto. Se conseguir remarcar para sábado, vou para a casa de uma amiga para não ter custo de AirBnB. Estou colocando tudo na ponta do lápis. Se eu transferir a minha viagem para Floripa para quarta-feira, por exemplo, terei que pagar R$ 1,1 mil por cabeça, então não vale a pena", constata.
Vera Helena Jacoby, também de Porto Alegre, voltaria de Cuba no dia 10 a Porto Alegre, porém o aeroporto estará fechado. "Um amigo que foi ontem conseguiu mudar o voo para Florianópolis. Nós tentamos fazer o mesmo, porém agora a Copa não oferece esta opção porque dizem que só podemos voar pela Copa até o Rio ou São Paulo. De lá, seria por nossa conta. Então, a partir desta insegurança não temos ânimo para 'turistar'. Nosso tempo está dedicado a buscar uma solução", conta.