Os efeitos das chuvas no Rio Grande do Sul, afetando estradas e a ligação entre municípios causaram temor de desabastecimento em parte da população. Um dos efeitos foi uma corrida aos postos de combustíveis.
Com isso, grandes filas de veículos tem sido formadas nos postos de diversas cidades. Em Porto Alegre, o fenômeno aconteceu nos últimos dias, e alguns postos ficaram sem o produto. Vários outros seguem operando normalmente, como viu a reportagem neste domingo (3) em diversos estabelecimentos na avenida Bento Gonçalves. Porém, conforme o presidente da Sulpetro/RS, João Carlos Dal'Aqua, não existe risco de desabastecimento de combustíveis no Rio Grande do Sul.
"Estamos enfrentando dificuldades, é claro... É uma situação de emergência. Algumas regiões estão mais afetadas que outras, então não existe um cenário único. Mas, a gasolina está chegando. Por onde os caminhões conseguirem passar, eles irão. Já mapeamos estradas alternativas e, a partir de segunda-feira (6), o transporte começará a ser mais rápido", destaca.
Segundo ele, caminhos alternativos estão sendo necessários em praticamente todo o Rio Grande do Sul. "Em Santa Maria o caminho ficou enorme, na Serra acharam uma rota via Tainhas, na Capital estão chegando pela RS-118... o povo pode ficar tranquilo que não há desabastecimento generalizado".
Ainda de acordo com Dal'Aqua, a alta procura nos postos está tornando essa situação ainda mais delicada. "Está havendo um desequilíbrio. Não estamos acostumados com esse volume tão alto de procura. Então, o sistema está tendo uma demanda muito superior à oferta e, por isso, alguns postos estão apresentando déficits pontuais de gasolina", explica.
Um exemplo é o posto Ipiranga localizado no cruzamento entre as avenidas Venâncio Aires e João Pessoa onde, devido à alta procura na sexta-feira, não há nenhum tipo de combustível desde sábado. A reportagem do JC foi até o local e, segundo os frentistas, não há estimativa de quando a gasolina chegará.
Sulpetro reafirma a necessidade dos postos manterem políticas de mercado
Em relação aos preços, o presidente do Sindicato detalha que é uma escolha individual de cada estabelecimento. Entretanto, a tendência é de que haja um aumento em função do frete, que, com os desvios, aumentou sua rota.
Em nota enviada ao JC, o Sulpetro reafirmou a necessidade das revendas manterem as políticas de mercado, "as quais já vinham sendo adotadas, baseadas na concorrência justa, no respeito ao consumidor e nas relações de consumo".