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Publicada em 05 de Maio de 2024 às 13:57

"Não haverá impedimento da burocracia", afirma Lula sobre reconstrução do RS

Presidente da República afirmou que não faltará dinheiro para recuperar o Rio Grande do Sul

Presidente da República afirmou que não faltará dinheiro para recuperar o Rio Grande do Sul

EVANDRO OLIVEIRA/JC
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Maria Amélia Vargas
Maria Amélia Vargas Repórter
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu que não haverá impedimentos da burocracia para a reconstrução das cidades destruídas pelas cheias no Rio Grande do Sul. Lula chegou na manhã deste domingo (5) ao Estado acompanhado de uma comitiva de ministros, como o da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas e o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, entre outros. 
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu que não haverá impedimentos da burocracia para a reconstrução das cidades destruídas pelas cheias no Rio Grande do Sul. Lula chegou na manhã deste domingo (5) ao Estado acompanhado de uma comitiva de ministros, como o da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas e o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, entre outros. 
Em Porto Alegre, Lula se reuniu com o governador Eduardo Leite e o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo. O presidente da República foi categórico em afirmar que o Estado receberá ajuda para a reconstrução, bem como repasse de verbas. "Não haverá impedimento da burocracia para que se recupere a grandeza desse Estado, pois esse Estado é muito importante para o País", afirmou. 
Em seu discurso, Lula ainda deu um recado ao povo gaúcho: "O Brasil deve muito ao Rio Grande do Sul, sobretudo se a gente levar em conta a questão da agricultura. Se não fossem os gaúchos desbravadores, que venderam seus pequenos lotes aqui e foram comprar terrenos em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e outras regiões, possivelmente a gente não teria essa pujança na nossa produção agrícola".
O vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, disse que deverá ser estabelecido um regime jurídico especial e emergencial transitório para a catástrofe climática. A medida possibilitará que juízes e juízas, quando chamados e quando tomarem iniciativas, interpretem a Constituição e a lei, excepcionalizando determinados limites que não são compatíveis com a emergência climática no Rio Grande do Sul.
Ao lembrar que o primeiro momento são os resgates e os salvamentos, o governador do RS invocou o lema do Governo Federal "União e Reconstrução" para ratificar a necessidade de auxílio também em uma segunda etapa: "Depois, teremos a reconstrução das pontes, rodovias, equipamentos públicos afetados. Tem de tudo, tem presídio afetado, tem escolas afetadas, tem centro de assistência social, reforma de construção de unidades habitacionais, reurbanização dos locais que foram atingidos, apoio aos negócios afetados". Segundo ele, será preciso também se pensar na prevenção, "com plano contingência, de resiliência, com centros de operações integradas que vão ter que ter uma capacidade de resposta gigantesca".
Da mesma forma, Melo reforçou o plano estadual. O prefeito disse que é preciso dispor de todos os recursos possíveis e citou a falta de barcos, botes e coletes para os resgates, salientando que o socorro não pode esperar. “Não pode esperar dois dias, tem que ser hoje, tem que ser agora. Mas também nós temos que nos preocupar com suplementos. 70% da cidade já está sem água e eu não tenho como recuperar do jeito que está a altura do rio, não temos o que fazer. Os caminhões-pipas já estão quase sem diesel, o oxigênio está terminando no Rio Grande e para a nossa cidade também”, afirmou.
O prefeito ressaltou que a ajuda a tragédias no Brasil tradicionalmente esbarra na burocracia, "o que não pode acontecer diante da situação atual do Rio Grande do Sul".

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