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Publicada em 02 de Maio de 2024 às 19:14

Guaíba supera cota de inundação e atinge diversos pontos da Capital

Até às 18h desta quinta-feira, o Lago atingia 3,29 m no Cais Mauá

Até às 18h desta quinta-feira, o Lago atingia 3,29 m no Cais Mauá

EVANDRO OLIVEIRA/JC
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Gabriel Margonar
Gabriel Margonar Repórter
Pela terceira vez em um espaço de tempo inferior a um ano, o Guaíba superou sua cota de inundação e alcançou o solo porto-alegrense. A nova cheia, que até às 18h desta quinta-feira (2) atingia 3,29 m no Cais Mauá, é uma consequência direta das fortes chuvas que assolam todo o Rio Grande do Sul desde o início desta semana.
Pela terceira vez em um espaço de tempo inferior a um ano, o Guaíba superou sua cota de inundação e alcançou o solo porto-alegrense. A nova cheia, que até às 18h desta quinta-feira (2) atingia 3,29 m no Cais Mauá, é uma consequência direta das fortes chuvas que assolam todo o Rio Grande do Sul desde o início desta semana.
Depois da enchente registrada na cidade em 1941, quando as águas chegaram a 4,76 m, o Guaíba havia ultrapassado a cota de inundação (3m) em apenas três ocasiões: setembro de 1967 (3,13m), setembro de 2023 (3,18m) e novembro do mesmo ano (3,46 metros). De acordo com a MetSul Meteorologia, a medida atual é apenas o início do que pode vir a se tornar uma das maiores cheias da história do Lago.
No início da tarde desta quinta-feira, em meio à progressiva elevação do Guaíba e uma chuva incessante na Capital, a reportagem do JC percorreu diversas regiões do município, identificando pontos de alagamento, tanto na Zona Sul quanto na Zona Norte.
No cruzamento entre a rua Voluntários da Pátria e a avenida Sertório, ponto comum para acúmulos de água, uma cena roubava a atenção: emergia, em meio a uma grande área de alagamento, o porta-malas aberto de um veículo automotivo. Segundo um fiscal da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), o motorista do carro havia driblado as barreiras da EPTC, mas perdido o controle posteriormente. Todas as pessoas que estavam no interior do automóvel saíram em segurança.
Ainda na Zona Norte, as ruas 11 de Agosto e Marquês do Alegrete, ambas no bairro São João, encontravam-se inacessíveis para veículos comuns. Alguns pontos da Região, como os bairros Sarandi e Humaitá, estavam alagados, porém, as principais avenidas estavam liberadas.
Na Zona Sul de Porto Alegre, além de alguns bairros próximos ao Guaíba invadidos, o que mais chamava atenção era a inundação do Parque da Orla. As quadras esportivas e demais setores de lazer, assim como nas enchentes do final do ano passado, já começaram a ser ocupadas pela água.
Com os armazéns do Cais do Porto também tomados pelo Guaíba, o Lago só não atingiu a Avenida Mauá devido ao fechamento das comportas, realizado na manhã desta quinta. Esta foi a primeira vez no ano em que o sistema de contenção de cheias foi acionado pela prefeitura da Capital. Antes, a última utilização havia sido em novembro de 2023.

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