Porto Alegre,

Anuncie no JC
Assine agora

Publicada em 01 de Maio de 2024 às 21:07

Leite: situação é 'catastrófica' e apela para que população deixe áreas de risco

Volumes de chuvas previstos devem superar as do ano passado, colocando população em risco

Volumes de chuvas previstos devem superar as do ano passado, colocando população em risco

Gustavo Ghisleni/AFP/JC
Compartilhe:
Maria Amélia Vargas
Maria Amélia Vargas Repórter
Preparando-se para o que se desenha como a maior tragédia climática do Rio Grande do Sul, o governador Eduardo Leite fez apelo para que a população em áreas de risco deixem suas casas e procure locais seguros o mais rápido possível. A gravidade da situação fará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcar no Estado nesta quinta-feira (2). 
Preparando-se para o que se desenha como a maior tragédia climática do Rio Grande do Sul, o governador Eduardo Leite fez apelo para que a população em áreas de risco deixem suas casas e procure locais seguros o mais rápido possível. A gravidade da situação fará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcar no Estado nesta quinta-feira (2)

LEIA MAIS: Meteorologia aponta 'cenário dramático' com mais chuvas no RS

Em coletiva de imprensa realizada no final da tarde desta quarta-feira (1º), na sede da Defesa Civil do RS, o chefe do executivo gaúcho afirmou que o presidente da República confirmou visita ao Estado nesta quinta para reuniões de ajustes para auxílio federal nesse momento crítico. As previsões meteorológicas e hidrológicas são de mais chuvas e cheias previstas para os próximos dias.
"Consegui falar com o presidente Lula e pedir mais do que o apoio das Forças Armadas, a efetiva participação e liderança daqueles que têm treinamento para uma situação de caos e de guerra, como o que a gente está enfrentando neste momento no Rio Grande do Sul", afirmou Leite. De acordo com ele, que considerou a situação "catastrófica", com os deslizamentos nas estradas rompidas, é necessária uma "capacitação especial, treinamento e equipamentos robustos para fazer os salvamentos". Isso ocorre porque as aeronaves estão com dificuldades para acessar os locais de risco.
De acordo com o Pedro Camargo, hidrólogo da Defesa Civil, a Região Central, que já é a mais atingida até agora, deve ser a mais afetada pelas expectativas de chuvas dos próximos dias e o aumento do volume dos rios: "A gente teve uma resposta muito significativa no Rio Jacuí, na região do Rio Pardo e no Vale do Taquari".
Os especialistas da Sala de Situação acreditam que, apesar de as enchentes de setembro terem ocorrido de forma mais rápida, os volumes de chuvas previstos para as próximas horas devem superar as do ano passado.
Conforme Camargo, há uma lista de municípios que têm mais chances de deslizamentos, a maioria do Centro do RS e dos Campos de cima da Serra. Até o final desta quarta-feira, 66 estradas estavam com pontos com bloqueio total, sendo 11 parciais.
Por isso, a Defesa Civil está mapeando rotas alternativas. Por esse motivo também, o governador pediu para que a população não se mobilizasse ainda na questão de doações.
 

Notícias relacionadas