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Publicada em 01 de Maio de 2024 às 17:53

Meteorologia aponta 'cenário dramático' com mais chuvas no RS

Projeções sugerem um

Projeções sugerem um "cenário dramático", com altas precipitações em regiões castigadas, como Taquara

PREFEITURA DE TAQUARA/DIVULGAÇÃO/JC
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A situação que já é delicada do clima no território gaúcho, com chuvas intensas, deve piorar, alerta a Metsul Meteorologia, nesta quarta-feira (1º). Segundo o serviço, as mais recentes projeções de chuva dos modelos numéricos, atualizadas no começo desta quarta-feira, "sugerem um cenário dramático para o Rio Grande do Sul", com acumulados extremamente altos de precipitação nas regiões mais castigadas por cheias e inundações, o que provocará uma situação de desastre de grandes proporções no estado gaúcho.
A situação que já é delicada do clima no território gaúcho, com chuvas intensas, deve piorar, alerta a Metsul Meteorologia, nesta quarta-feira (1º). Segundo o serviço, as mais recentes projeções de chuva dos modelos numéricos, atualizadas no começo desta quarta-feira, "sugerem um cenário dramático para o Rio Grande do Sul", com acumulados extremamente altos de precipitação nas regiões mais castigadas por cheias e inundações, o que provocará uma situação de desastre de grandes proporções no estado gaúcho.
A Metsul aponta acumulados de chuva nos últimos cinco dias entre 300 milímetros (mm) e 500 mm em  municípios do Centro e do Nordeste. As regiões aparecem nos modelos de previsão do tempo globais e de alta resolução com precipitação de 150 mm a 300 mm no restante desta semana e no fim de semana.
"Enfatizamos que o quadro já grave deve partir para uma situação de gravidade extrema. O número de municípios em situação de emergência deve ser por demais elevado e muitos devem recorrer ao decreto de calamidade pública", sinaliza a direção da Metsul. "O cenário é extremamente grave porque a instabilidade não vai deixar o Rio Grande do Sul tão cedo", associa o serviço, em nota.
A condição climática é influenciada por uma grande massa de ar seco e quente persistente, que gera bloqueio atmosférico no Centro do Brasil e que faz com que a umidade amazônica seja canalizada por áreas do interior da América do Sul, em direção ao Sul até o Rio Grande do Sul e o Uruguai.

A Metsul explica que o ar úmido e instável vai seguir atuando no Sul, mesmo com a chegada de uma frente fria nesta quinta-feira (2). A nova frente não vai conseguir romper o bloqueio, alerta o serviço. O ar mais quente começa a retornar no final da semana, mantendo a instabilidade, acrescenta a equipe de meteorologistas.
Este ambiente é explicado pelo avanço do ar quente tropical para o Sul, que forma uma combinação explosiva de umidade abundante com atmosfera muito aquecida, "o que forma sucessivamente fortes a intensas áreas de instabilidade com volumes de chuva excessivos e temporais isolados com granizo e vendavais".
"É absolutamente desolador ver o que está ocorrendo e saber que ainda vai piorar muito com base nos dados dos modelos, que foram muito precisos em indicar vários dias antes que o Rio Grande do Sul seria assolado por um episódio de chuva extraordinário", conclui a Metsul.

As áreas de chuva excessiva a extrema são justamente as regiões mais afetadas por inundações, como o Centro, os Vales, a Grande Porto Alegre e a Serra, onde nascem rios que descem para os vales, como Caí, Paranhana e Taquari.

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