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Publicada em 27 de Abril de 2024 às 17:03

Laudo com causa do incêndio em pousada de Porto Alegre sairá em 30 dias

Peritos estão desde sexta-feira no local do incêndio em busca de vestígios que expliquem a sua causa

Peritos estão desde sexta-feira no local do incêndio em busca de vestígios que expliquem a sua causa

TÂNIA MEINERZ/JC
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Nícolas Pasinato
Nícolas Pasinato
O laudo pericial - que apontará as causas do incêndio em uma pousada localizada na avenida Farrapos, em Porto Alegre, na última sexta-feira (26) e que provocou a morte de 10 pessoas - deverá levar até 30 dias para ser concluído. A informação foi repassada pelo diretor-adjunto do Instituto-Geral de Perícias (IGP), Maiquel Santos, em entrevista ao Jornal do Comércio neste sábado (27). 
O laudo pericial - que apontará as causas do incêndio em uma pousada localizada na avenida Farrapos, em Porto Alegre, na última sexta-feira (26) e que provocou a morte de 10 pessoas - deverá levar até 30 dias para ser concluído. A informação foi repassada pelo diretor-adjunto do Instituto-Geral de Perícias (IGP), Maiquel Santos, em entrevista ao Jornal do Comércio neste sábado (27). 
  • LEIA MAIS: Cinco vítimas do incêndio permanecem internadas

Conforme Santos, a elaboração desse laudo ainda está em fase inicial, quando são coletados os vestígios materiais do ocorrido, e não é possível apontar se o episódio é considerado culposo (gerado por algum tipo de negligência ou imprudência), doloso (quando há a intenção de alguém produzir o resultado) ou acidental.

“É difícil apontarmos qualquer inclinação do que causou o incêndio sem analisar todas as possibilidades que podem ter ocorrido no local”, diz.

O diretor-adjunto do IGP disse que os peritos do instituto estão trabalhando para encontrar essas respostas desde sexta-feira, tendo retornado ao prédio neste sábado. Novas visitas ao longo da próxima semana deverão ser feitas para a conclusão da atividade. Ele explica que o laudo apontará não só os vestígios encontrados, como fará o que chama de escaneamento 3D.

“Vamos reconstruir esse local em realidade virtual, onde poderemos, inclusive, simular focos de incêndio para identificar, exatamente, onde esse fogo começou e qual foi a sua causa. O trabalho também dirá se havia ou não extintor, saída de emergência e material inflamável. Tudo isso será descrito”, esclarece.

Metade das vítimas segue sem identificação

O IGP também atua na identificação das vítimas e, até o momento, cinco das 10 pessoas que morreram no incêndio da Pousada Garoa ainda não foram identificadas. Santos afirma que os profissionais do instituto seguem tentando fazer isso por meio das impressões digitais, mas que, caso não seja possível, já foram coletados materiais genéticos de possíveis familiares dessas vítimas.

“O fogo causa uma desidratação e, às vezes, até uma carbonização bem severa no corpo da vítima, o que dificulta ou impossibilita a identificação por impressão digital. Neste caso, partimos para outras técnicas mais complexas, que seriam a do DNA ou a odontologia legal”, explica. 

Atendimento do IGP 

Possíveis familiares de vítimas do incêndio da pousada ou de outros desaparecidos podem buscar atendimento no IGP nos seguintes endereços: 
Nos finais de semana: Departamento Médico Legal (Avenida Ipiranga, 1.807) 
Nos dias de semana: Centro de Referência de Perícias Criminais do IGP (Avenida Voluntários da Pátria, 1.358) 

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