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Publicada em 26 de Abril de 2024 às 08:11

Dez pessoas morrem após incêndio em pousada em Porto Alegre

As pessoas que estavam hospedadas no albergue puderam remover seus pertences

As pessoas que estavam hospedadas no albergue puderam remover seus pertences

TÂNIA MEINERZ/JC
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Maria Amélia Vargas
Maria Amélia Vargas Repórter
Incêndio iniciado na madrugada desta sexta-feira (26) atingiu uma pousada localizada na avenida Farrapos, entre as ruas Garibaldi e Barros Cassal, em Porto Alegre, e provocou a morte de 10 pessoas, além de deixar feridos. O local, que abrigava pessoas em situação de vulnerabilidade, teve o fogo controlado ainda antes do amanhecer.
Incêndio iniciado na madrugada desta sexta-feira (26) atingiu uma pousada localizada na avenida Farrapos, entre as ruas Garibaldi e Barros Cassal, em Porto Alegre, e provocou a morte de 10 pessoas, além de deixar feridos. O local, que abrigava pessoas em situação de vulnerabilidade, teve o fogo controlado ainda antes do amanhecer.
Segundo o diretor-geral da Defesa Civil, Cel. Evaldo Rodrigues de Oliveira Junior, "houve uma intervenção rápida das equipes do Corpo de Bombeiros, que acionou as demais estruturas, como a Defesa Civil Municipal, a Brigada Militar, o Instituto Geral de Perícias". De acordo com ele, a primeira equipe do Instituto Geral de Pericias (IGP) fez a remoção dos corpos e uma segunda equipe foi encaminhada para avaliar a cena. "A partir desse trabalho, será liberado para as demais equipes avaliarem as estruturas e a gente já sabe a que fica mais ao fundo não será liberada para uso e que a estrutura ao lado, que também faz parte da rede, da mesma rede da pousada Garoa, também será interditada".
TÂNIA MEINERZ/JC
A Defesa Civil informou que o município autorizou as pessoas que estavam hospedadas no albergue a removerem seus pertences e as estão direcionando para outros espaços de acolhimento pela Fundação de Existencia Social Esquadrão de São Paulo. Esse é o caso de João Carlos Guimarães, frequentador do local.
Acompanhado de seu cachorro Jack, ele esperava um encaminhamento ao lado do edifício incendiado e relembra os momentos de pânico. "Eu trabalhava durante o dia na reciclagem e vinha para dormir. Cheguei normal,às 21h, porque tinha que estar ali dentro. Arrumei e limpei minha peça. Daí, eu coloquei o lixo para fora e fui pro banho. Depois fui para o quarto escutar ojogo do Inter. Já era 1h quando eu fui apagara luz. Não deu minutos, vieram dois rapazes correndo batendo nas portas, dizendo: 'vamos descer, pegou fogo'. Tudo muito escuro", narra.

Por meio da rede social X (antigo Twitter), o governador Eduardo Leite e o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, lamentaram o ocorrido:
 
 
Vizinho do local, Danilo Moraes, 64 anos, despertou com os gritos de "não quero morrer", e observou as pessoas correndo apavoradas. Na opinião dele, o incendio foi criminoso, "agora nos resta esperar pelos profissionais analisarem e chorar pelas almas que se foram". 
TÂNIA MEINERZ/JC
Segundo o comandante do 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMRS), tenente-coronel Lúcio Junes da Silva, o local funcionava de forma irregular. A perícia criminaldirigiu-se aolocal para identificar as vítimas e investigar as causas do incêndio.
"Agora segue o trabalho da perícia para identificar as possíveis causas desse incêndio. Trata-se de uma edificação que não possuía alvará dos Bombeiros. Para esteincêndio, foram necessários 20 bombeiros militares, tanto no resgate das vítimas, que foram retiradas da edificação, como para o combate ao incêndio", explica o tenente.

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