O CNU (Concurso Nacional Unificado), o "Enem dos Concursos", terá 3.665 locais de aplicação de prova, informou o MGI (Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos) nesta quinta-feira (25). Serão 75.730 salas em 228 municípios de todos os estados do país.
A informação sobre onde cada candidato fará os exames no dia 5 de maio está disponível no cartão de confirmação de inscrição, que também conta com outros detalhes, como número de inscrição, horário de prova, necessidade de atendimento especializado e nome social. Para acessá-lo, é preciso fazer login com dados da conta Gov.br na mesma página em que foi feito o cadastro, no site oficial da banca organizadora, a Fundação Cesgranrio, e visitar a aba "Área do Candidato".
O governo alerta para que candidatos chequem as informações do cartão com atenção, e, caso haja a necessidade de correção, entrem em contato com a Cesgranrio pelo telefone 0800 701 2028. A ideia é que os candidatos fiquem até 100 km do local de prova. "Todos os candidatos têm que conferir se o município que indicaram, no ato de inscrição, está correto", recomendou Alexandre Retamal, coordenador-geral de logística do concurso.
"Se tiver qualquer tipo de erro, ou se o local de aplicação for muito distante da sua casa — às vezes, dentro da logística de uma cidade, há locais que não são de tão simples acesso — então é importante entrar em contato com a Fundação Cesgranrio e pedir a correção do que for necessário", lembrou Retamal Vale ressaltar que não é mais possível trocar a cidade de realização da prova.
Com mais de 2,1 milhões de candidatos, o CNU será o maior concurso público do país até hoje. São oferecidas 6.640 vagas para 21 órgãos ligados ao governo federal, de IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) ao Ministério da Saúde. A força de trabalho estimada para atuar no dia da prova é de 215 mil trabalhadores.
A amplitude do certame implicou na necessidade de um sistema de segurança especial, desenvolvido pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência) em parceria com demais órgãos do governo federal. Os candidatos não poderão levar para casa o caderno de provas, tampouco fazer anotações do gabarito em uma folha à parte. A ideia é "coibir que eventuais quadrilhas acessem as questões e, consequentemente, enviem as respostas para aplicantes que estão fazendo o concurso", diz o MGI em nota oficial.
O plano de segurança também tem o acompanhamento da Força Nacional, das polícias Federal, Rodoviária Federal e Militar, além de Casa Civil, Ministério da Justiça e do próprio MGI. "A Abin não participa do Enem. A Abin veio para dentro do Concurso Público Nacional Unificado e fez todo um serviço breve de inteligência, verificando as instalações da Fundação Cesgranrio, as instalações da gráfica, todos os armazéns dos Correios e todos os esquemas de transporte para ter certeza da garantia da segurança", afirmou Retamal, em entrevista à Folha de S.Paulo no começo do mês.
No dia da prova, os candidatos ainda terão de coletar dados para biometria e escrever uma frase, para exame de grafologia. Os dados biométricos serão usados para identificar os inscritos em etapas futuras do concurso e na banca de heteroidentificação, na qual há a análise dos que concorrem por cotas. Mais detalhes sobre o esquema não foram revelados para proteção do concurso. Segundo Retamal, todas as sugestões da Abin para a Cesgranrio foram acatadas.
Folhapress