Nesta sexta-feira (12), aconteceu o EducationUSA no hotel Hilton, que reuniu 24 instituições de ensino superior dos Estados Unidos. O evento gratuito e aberto ao público teve início às 17h e acabou às 20h.
Na primeira hora de feira, totalizavam 931 inscrições de pessoas interessadas em conversar diretamente com os diretores de admissão das universidades, tirar dúvidas e obter mais informações. Os orientadores do EducationUSA informaram sobre os requisitos do processo de candidatura, provas, bolsas de estudo e oportunidades.
O EducationUSA é o escritório oficial do Departamento de Estado para informações sobre estudos nos EUA. No Brasil, há 42 centros, sendo dois no Rio Grande do Sul, um na Pucrs, em Porto Alegre, e outro na UCS de Caxias do Sul.
Segundo a coordenadora geral da feira, Simone Ferreira, as universidades estadunidenses procuram diversidade. Por essa razão, o Brasil é um dos países escolhidos para o recrutamento de alunos: "O brasileiro é um povo criativo. Existem mais de 16 mil alunos brasileiros estudando nos Estados Unidos e o Brasil é o nono país a mais mandar alunos para estudarem lá", afirma.
Sobre as etapas para estudar no país norte-americano pelo EducationUSA, Simone orienta que quatro passos devem ser levados em consideração pelo aluno. O primeiro é conhecer as opções de cursos ofertados. Posteriormente, é necessário haver a preparação da candidatura - realizar provas de proficiência de língua inglesa, mandar documentos traduzidos, escrever redações, preencher formulários. Em seguida, o aluno deve procurar oportunidades de financiamento. Com todas as etapas anteriores realizadas, o interessado poderá dar o último passo e enviar a candidatura para tirar o visto.
De acordo com a coordenadora, os cursos de ensino superior mais procurados por brasileiros são engenharia, economia, administração e relações internacionais.
Uma das participantes, Tainã Rosa, formada em pedagogia na Ufrgs, conta que a sua família é natural de Cruz Alta, formada por mulheres "contadoras de histórias", como ela define. Criada em Alvorada, Tainã diz que já passou por situações de vulnerabilidade social e que é complicado visualizar um mundo de oportunidades quando se vem de uma família de classe social mais baixa. Ela entrou em um programa da embaixada para melhorar o seu inglês, em 2022. Posteriormente, foi selecionada, como aluna de baixa-renda, para fazer o PhD como aluna na Universidade do Texas e também para ministrar aulas de espanhol.
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"As pessoas duvidam que o programa de fato oferece bolsas e me perguntam por que os Estados Unidos paga por isso. A resposta é que existem acordos de cooperação internacional", explica a pedagoga.
Além disso, ela diz que há um interesse muito forte na área de pesquisa, então são procurados temas que não são tão abordados no país. Tainã, por exemplo, conduz uma pesquisa sobre narrativas antirracistas.
Interessada em se candidatar em uma universidade estadunidense, a estudante Kauany Varela faz curso técnico em eventos no IF de Sapucaia e acredita que seria uma oportunidade única de se qualificar na parte da pesquisa, já que existe bastante investimento na educação. "Quero estudar em Harvard", afirma. Ao ser questionada sobre uma segunda opção, ela diz que não tem, pois está muito convicta de que realizará o sonho de estudar em uma das universidades mais disputadas do mundo.