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Publicada em 09 de Abril de 2024 às 12:07

Número de médicos no Rio Grande do Sul cresce 51% em 13 anos

Segundo o levantamento, a idade média dos profissionais é de 47,70 anos

Segundo o levantamento, a idade média dos profissionais é de 47,70 anos

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Agências
A quantidade de médicos no Rio Grande do Sul aumentou 51% de 2011 até este ano, segundo dados da Demografia Médica 2024, elaborada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Eram 24.716 médicos há 13 anos no Estado e, agora, são 37.368 profissionais. Com isso, a densidade por mil habitantes também cresceu: passou de 2,31 para 3,42 médicos por cada grupo de mil pessoas.
A quantidade de médicos no Rio Grande do Sul aumentou 51% de 2011 até este ano, segundo dados da Demografia Médica 2024, elaborada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Eram 24.716 médicos há 13 anos no Estado e, agora, são 37.368 profissionais. Com isso, a densidade por mil habitantes também cresceu: passou de 2,31 para 3,42 médicos por cada grupo de mil pessoas.


No Rio Grande Sul, são 19.722 médicos e 17.646 médicas. A média de idade é de 47,70 anos, enquanto a média do tempo de formado chega a 21,61 anos. Na distribuição pelo território, verifica-se 15.791 médicos atuando em Porto Alegre, ou seja, 42% do total, e 21.577 no interior.

Apesar de ter menos médicos em atuação, Porto Alegre se destaca com uma média de densidade médica muito superior à registrada no interior. Na Capital, são 11,82 médicos para cada mil habitantes. Já no interior, é 2,25 por mil habitantes. A maioria dos médicos tem Registro de Qualificação de Especialidade Médica (RQE): 24.318. Outros 13.050 não são especialistas (não têm RQE).

Para o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers), Eduardo Neubarth Trindade, o crescimento do número de médicos não impacta na qualidade da assistência à população. “Não adianta colocar mais médicos no mercado de trabalho se não houver formação médica de qualidade, estrutura adequada para atendimento das pessoas, políticas públicas para melhor distribuição dos profissionais e investimento pesado na atenção básica”, declara.

Lançado na segunda-feira (8), o levantamento revela que, nunca antes na história, o País contou com tantos médicos como atualmente: são 575.930 médicos ativos, uma proporção de 2,81 profissionais por mil habitantes, a maior já registrada.

Desde o início da década de 1990, a quantidade de médicos mais que quadriplicou, passando de 131.278 para a atual (registrada em janeiro de 2024). Esse crescimento, impulsionado por fatores como a expansão do ensino médico e a crescente demanda por serviços de saúde, representa aumento absoluto de 444.652 médicos, ou seja, 339%, em percentuais.

Comparando os crescimentos da população em geral e da população médica, percebe-se que o total de médicos aumentou oito vezes mais do que o da população em geral no período. Em termos absolutos, a população brasileira passou de 144 milhões em 1990 para 205 milhões em 2023, conforme dados do IBGE.

“Os dados indicam que o estado conta hoje com mais médicos. Mas a que custo? Observamos a criação indiscriminada de escolas médicas no país sem critérios técnicos mínimo, o que acabou afetando a qualidade da formação dos estudantes de medicina. O aumento do número de médicos não necessariamente é positiva e é preciso debater sobre isso com a administração pública e a sociedade”, afirma o presidente do CFM, José Hiran Gallo.

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