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Publicada em 27 de Março de 2024 às 16:34

Coordenador do DCE da Ufrgs denuncia racismo e homofobia nas redes sociais

Queixa foi registrada na Delegacia de Combate à Intolerância na última sexta-feira (22)

Queixa foi registrada na Delegacia de Combate à Intolerância na última sexta-feira (22)

FERNANDA FELTES/JC
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Thiago Müller
Thiago Müller
O coordenador geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Matheus Fonseca, registrou um boletim de ocorrência, na sexta-feira (22), por ataques racistas e homofóbicos sofridos nas redes sociais. Segundo Fonseca, os ataques ocorrem desde o dia 1º de março e continuam ocorrendo pelo menos até esta última segunda-feira (25), com inquérito instaurado na última terça (25).
O coordenador geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Matheus Fonseca, registrou um boletim de ocorrência, na sexta-feira (22), por ataques racistas e homofóbicos sofridos nas redes sociais. Segundo Fonseca, os ataques ocorrem desde o dia 1º de março e continuam ocorrendo pelo menos até esta última segunda-feira (25), com inquérito instaurado na última terça (25).
A queixa foi registrada na Delegacia de Combate à Intolerância de Porto Alegre. A unidade é responsável pela investigação de casos como os de racismo, homofobia e injúria qualificada.
Segundo a delegada responsável pela unidade, Tatiana Bastos, após o boletim, foi instaurado um inquérito, que irá investigar nove perfis no Instagram, responsáveis pelos comentários na publicação. Conforme Tatiana, as mensagens já foram juntadas aos autos do processo.
Fonseca conta que os insultos ocorreram, inclusive, no vídeo publicado relatando as ofensas. Com base nisso, ele registrou queixas de racismo e homofobia. “Grande parte dos comentários são de cunho racista, que mencionavam o meu cabelo, minha postura como cotista, que insinuavam que eu deveria estar em uma cracolândia e não na universidade. São elementos que são racistas”, complementa.
Ele explica também que, além do boletim, foi entregue à polícia um dossiê com todos os comentários.
Para Fonseca, o ataque também é político. “É um ataque pela luta que a gente vem tocando ocasionado por motivação, por uma discordância política que acaba reverberando em racismo, em homofobia”, diz, se referindo ao posicionamento do Diretório Central dos Estudantes.
Ele relata que, caso comprovado que algum dos estudantes seja aluno da Ufrgs, serão cobradas também da Universidade ações cabíveis.
Como casos de racismo não são inéditos na instituição de ensino, ele conta que, nas últimas vezes, a expulsão só foi conseguida com grandes mobilizações por parte do público estudantil. O dirigente estudantil diz que o DCE passará a cobrar um canal da Ufrgs para receber esse tipo de denúncia. “Nós precisamos ter uma política antirracista na universidade para lidar com isso", reitera.

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