Em Assembleia Geral realizada nesta segunda-feira (11), a Assufrgs, Sindicato dos Servidores Técnico-Administrativos em Educação (TAEs) da UFRGS, UFCSPA e IFRS aprovou a deflagração de greve nas instituições federais de ensino a partir do dia 18 de março. Entre as principais reivindicações da categoria estão a reestruturação da carreira e a reposição salarial.
A reunião ocorreu na Sala 102 da Faculdade de Educação da UFRGS e contou com a presença da deputada federal Fernanda Melchionna (Psol), que apoiou a luta dos TAEs. Com a decisão, a Assufrgs irá aderir à greve nacional, que já atinge ao menos 50 Instituições Federais de Ensino em todo o país
A pauta central do movimento paredista é a reestruturação da carreira dos servidores das universidades e institutos federais e a reposição salarial. Segundo dados divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a categoria precisaria de 31% de reajuste para repor a inflação de setembro de 2016 a dezembro de 2023.
Segundo a Assufrgs, os servidores chegaram a apresentar ao governo Lula as suas reivindicações, porém não foram atendidos. O Ministério da Gestão e Inovação propôs reposição salarial zero em 2024, apenas reajuste em auxílios, e 9% de reposição de salário em duas parcelas (2025 e 2026). A proposta foi negada pelos sindicatos.
Como os professores pertencem ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) e não à Assufrgs, ainda não está definido se a greve resultará na paralisação total das aulas nas universidades. Entretanto, de acordo com a Coordenadora-geral da Assufrgs, Tamyres Filgueira, a expectativa é de que isso ocorra.
“Queremos parar as federais do Brasil inteiro! O Andes já está discutindo a possibilidade de ingressar e unificar essa greve. Estamos na torcida para que isso ocorra e possamos, assim, fortalecer nossa luta", destaca Tamyres.
Segundo ela, a próxima semana será de organização da greve nas unidades pertencentes à Assufrgs. Além disso, também está no cronograma do Sindicato a análise da realização de um ato pré-greve no dia 15 de março, “para marcar o dia em que Lula estará em Porto Alegre e para relembrar a comunidade universitária da entrada em greve a partir do dia 18”.