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Publicada em 06 de Março de 2024 às 16:49

Fevereiro registra o dobro do número de casos de Covid em relação a janeiro no Rio Grande do Sul

Ao todo, Estado registrou 12.458 novos casos do vírus no segundo mês do ano

Ao todo, Estado registrou 12.458 novos casos do vírus no segundo mês do ano

Giulian Serafim/PMPA/JC
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Gabriel Margonar
Gabriel Margonar Repórter
Em meio a uma explosão de casos de dengue em todo o Estado, outro velho conhecido dos gaúchos também está em alta. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (Ses), de janeiro para fevereiro de 2024, o número de casos confirmados de Covid-19 mais do que duplicou no Rio Grande do Sul, chegando a 12.458 novos registros no segundo mês do ano, o maior apontamento mensal desde novembro de 2023. Em janeiro, o Estado havia apontado 6.179 casos.
Em meio a uma explosão de casos de dengue em todo o Estado, outro velho conhecido dos gaúchos também está em alta. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (Ses), de janeiro para fevereiro de 2024, o número de casos confirmados de Covid-19 mais do que duplicou no Rio Grande do Sul, chegando a 12.458 novos registros no segundo mês do ano, o maior apontamento mensal desde novembro de 2023. Em janeiro, o Estado havia apontado 6.179 casos.
Nesse ano, as cidades mais afetadas são Caxias do Sul, Porto Alegre e Pelotas, com o pico de casos ocorrendo durante a semana epidemiológica 8, quando 4.499 pessoas foram confirmadas com o vírus entre os dias 18 e 24 de fevereiro. Entre os principais motivos, conforme explica o infectologista do Hospital São Lucas da Pucrs, Diego Falci, está, além das aglomerações que ocorreram durante o Carnaval, a circulação de novas cepas do coronavírus..
“Tivemos recentemente o Carnaval e o período de férias, durante os quais muitas pessoas circularam por diferentes regiões e participaram de aglomerações. Isso, somado ao crescimento de novas subvariantes do vírus, como a JN, que afetam até mesmo pessoas vacinadas, explicam esse aumento,” destaca Falci.
O médico destaca que a maior parte dos casos que necessitam de internação se concentram em grupos de idades opostas: idosos acima de 65 anos e crianças abaixo de 2 anos. Os sintomas permanecem os mesmos, incluindo febre alta, tosse seca e persistente, dor de cabeça e dores no corpo.
Por outro lado, o Rio Grande do Sul vive uma curva descendente no número de pessoas que falecem vítimas de Covid-19: em fevereiro, o Estado registrou 44 óbitos decorrentes do vírus, menor índice desde outubro de 2023. Apesar desse maior controle em relação à doença, Falci enfatiza a importância da vacinação e da conscientização contínua.
“Embora seja compreensível que as pessoas relaxem, é crucial nos mantermos atentos. O fato de não estarmos mais enfrentando uma crise não significa que devamos baixar a guarda. Temos que continuar nos protegendo, especialmente por meio da vacinação, garantindo que as novas doses estejam sempre atualizadas”, completa.
Para Renata Modini, Farmacêutica que atua na Divisão de Vigilância Epidemiológica da Ses, entretanto, esse aumento de casos faz parte de uma normalidade sazonal e, portanto, não representa uma grande preocupação. Segundo ela, o Covid-19 está inserido em um grupo de vários outros vírus respiratórios e, como eles, apresenta períodos de aumento e outros de queda no número de casos.
“Apesar de termos agora o dobro dos casos em relação a janeiro, ainda estamos abaixo dos registros de novembro, por exemplo. O coronavírus segue um padrão sazonal mais pronunciado nesta época do ano. Exemplificando: hoje, ele predomina em relação à influenza, mas é esperado que por volta de abril e maio essa situação se inverta, conforme também ocorre com outros vírus.”, explica.
Assim como o infectologista, Renata credita essa alta no número de casos durante o verão às férias e consequentes aglomerações. Segundo ela, essa tendência deve continuar nos próximos anos, mas não assusta.
“As pessoas precisam continuar se cuidando, porém, não há motivo para pânico. Anteriormente, a Covid-19 se destacava em comparação com outros vírus. Hoje, os picos de casos ocorrem dentro de uma normalidade esperada”, finaliza.

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