O Estado do Rio Grande do Sul apresenta, no momento, 27.685 notificações de dengue. Destes, 12.234 são casos confirmados. O total de óbitos já soma 14 pessoas, visto que o Centro Estadual de Vigilância em Saúde confirmou nesta terça-feira (5) mais três óbitos da doença no RS. As informações foram publicados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) em suas redes sociais.
Foi confirmado o óbito de uma mulher de 67 anos, em Cerro Largo, no dia 22 de fevereiro, e outra de 26, em Frederico Westphalen, na última quarta-feira (28). Também houve outro óbito, de um homem de 72, em Giruá, na última sexta-feira (1). Desses, somente a mulher de 67 tinha comorbidades.
A cidade de Cerro Largo, segundo dados da SES, tem 2.727,5 casos prováveis a cada 100.000 habitantes. Já Frederico Westphalen possui 1.527,1, enquanto Giruá tem apenas 107,2 casos prováveis para cada 100.000 habitantes.
O órgão orienta que a população procure atendimento médico nos serviços de saúde logo nos primeiros sintomas, para evitar o agravamento da doença e a possível evolução para óbito. Os principais sintomas são:
- febre alta (39°C a 40°C), com duração de dois a sete dias;
- dor retroorbital (atrás dos olhos);
- dor de cabeça;
- dor no corpo;
- dor nas articulações;
- mal-estar geral;
- náusea;
- vômito;
- diarreia;
- manchas vermelhas na pele, com ou sem coceira.
Cuidados básicos
A Secretaria explica que medidas de prevenção à proliferação e circulação do Aedes, com a limpeza e revisão das áreas interna e externa das residências ou apartamentos, assim como eliminação dos objetos com água parada são ações que impedem o mosquito de nascer, cortando o ciclo de vida logo na fase aquática.
Segundo a SES, para ajudar a eliminar os criadouros, é necessária uma ação semanal nos locais que podem acumular água. O ciclo de vida do mosquito, do ovo até a fase adulta, leva de sete a dez dias. Então, se a verificação for realizada uma vez por semana, é possível interromper o ciclo e evitar o nascimento de novos mosquito. São ações que podem ser tomadas:
- Vedar totalmente caixas d'água;
- limpar calhas, retirando folhas e sujeira, para evitar acúmulo de água;
- limpar ralos e aplicar tela para evitar a formação de criadouros;
- limpar bandejas de ar-condicionado ou descartá-las;
- vedar totalmente galões, tonéis, poços, latões e tambores, inclusive aqueles usados para água de consumo humano;
- esticar lonas para evitar acúmulo de água;
- tratar piscinas e fontes com produtos químicos específicos;
- guardar, em locais cobertos, objetos como pneus;
- armazenar garrafas vazias com a boca para baixo;
- virar baldes com a boca para baixo;
- tampar vasos sanitários fora de uso ou de uso eventual, renovando a água semanalmente;
- esvaziar os pratos dos vasos de plantas ou preenchê-los com areia;
- esvaziar a água acumulada na bandeja da geladeira;
- esvaziar a água acumulada semanalmente de algumas plantas, como espada-de-são-jorge e bromélias (que podem acumular água entre as folhas).
A pasta ressalta também que o uso de repelente é recomendado para maior proteção individual contra o Aedes aegypti.