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Publicada em 05 de Fevereiro de 2024 às 18:37

Totens de segurança ainda causam dúvidas na população em Porto Alegre

Estruturas são equipadas com videomonitoramento, análise comportamental e um botão de emergência

Estruturas são equipadas com videomonitoramento, análise comportamental e um botão de emergência

TÂNIA MEINERZ/JC
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Gabriel Margonar
Gabriel Margonar Repórter
Desde dezembro do ano passado, dez pontos estratégicos de Porto Alegre passaram a abrigar torres interativas de segurança com cerca de 4 metros de altura. Essas estruturas, equipadas com videomonitoramento, análise comportamental e um botão de emergência, têm como objetivo fortalecer a proteção dos moradores locais. No entanto, devido à divulgação limitada, ainda suscitam dúvidas entre os porto-alegrenses.
Desde dezembro do ano passado, dez pontos estratégicos de Porto Alegre passaram a abrigar torres interativas de segurança com cerca de 4 metros de altura. Essas estruturas, equipadas com videomonitoramento, análise comportamental e um botão de emergência, têm como objetivo fortalecer a proteção dos moradores locais. No entanto, devido à divulgação limitada, ainda suscitam dúvidas entre os porto-alegrenses.
A equipe do Jornal do Comércio visitou um desses totens, localizado em frente ao Auditório Araújo Viana, na avenida Oswaldo Aranha, junto ao Parque da Redenção. Ao questionar 25 pessoas que passavam pelo local, constatou-se um considerável desconhecimento sobre a funcionalidade do equipamento: 16 afirmaram não compreendê-lo, enquanto apenas nove conseguiram explicá-lo detalhadamente.
Carlos Giuliato, 40 anos, representante comercial, inicialmente desconhecia a funcionalidade dos totens, mas após explicação, expressou forte apoio à instalação, destacando a importância de mais ferramentas de segurança na cidade, especialmente em locais frequentados à noite, como a Redenção.
"É muito importante termos novos mecanismos de segurança em Porto Alegre, especialmente aqui, onde muitas pessoas praticam esportes fora do horário convencional. Espero que haja mais ações semelhantes em outros pontos do parque e da cidade logo," celebrou.
Das pessoas familiarizadas com o sistema, todas ressaltaram a intuitividade do totem, que emite alertas sonoros explicativos. De acordo com o secretário de segurança de Porto Alegre, Alexandre Aragon, “são justamente esses avisos que, com o tempo, eliminarão as dúvidas da população”.
Implementado pela prefeitura de Porto Alegre, o sistema dos totens interativos, inspirado no modelo japonês Koban de policiamento comunitário, possibilita a comunicação imediata da população com o Centro Integrado de Coordenação de Serviços (Ceic) por meio de um botão de emergência. As torres são blindadas, possuem videomonitoramento de 360º e análise comportamental para identificar atividades suspeitas.
Até o momento, totens foram instalados em oito áreas: Orla 1, Orla 3, Largo Glênio Peres, Elevada da Conceição, Auditório Araújo Vianna, Rodoviária, Pop Center e Avenida Salgado Filho. A ativação nas últimas localidades, Viaduto Otávio Rocha e Praça Mal. Deodoro, está prevista para as próximas semanas, totalizando assim um investimento de R$ 2,3 milhões para um ano de operação das dez torres.
De acordo com Aragon, esse serviço, que substitui a necessidade de colocar postos avançados da polícia nesses locais, tem tido um retorno muito positivo após seu primeiro mês de uso.
"Colocamos os totens nos locais onde tínhamos viaturas programadas, possibilitando realocá-las para outras regiões. O botão foi acionado 50 vezes, principalmente alertando sobre comércio ilegal, porém, o destaque ficou por conta da proteção da integridade das pessoas, como o caso de uma criança perdida na Orla 1 durante o Ano Novo, onde o totem e as câmeras ajudaram a localizá-la. Nesse período inicial, o equipamento está cumprindo seu propósito: prevenir crimes e auxiliar o policiamento", relata o secretário.
Prova do desconhecimento da população com os totens é que foram registrados 445 acionamentos, só que 47% foram acidentais. Além disso, constam na lista de busca pelo serviço, furtos e roubos (5%), pedidos de ajuda (2%), pedidos de informação (1%), brigas (1%) e registros de desaparecimentos (1%).

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