A forte tempestade que atingiu grande parte do Rio Grande do Sul na noite de terça-feira (16) impactou diversas regiões de Porto Alegre e ainda deixa 157,3 mil pessoas sem água, gerando mobilização civil em diversos pontos da cidade. Nesta sexta-feira (19), a população civil, junto de movimentos estudantis e políticos, se mobilizou em um ato em frente à antiga prefeitura, no Largo Glênio Peres, no Centro Histórico.
A forte tempestade que atingiu grande parte do Rio Grande do Sul na noite de terça-feira (16) impactou diversas regiões de Porto Alegre e ainda deixa
157,3 mil pessoas sem água,
gerando mobilização civil em diversos pontos da cidade. Nesta sexta-feira (19), a população civil, junto de movimentos estudantis e políticos, se mobilizou em um ato em frente à antiga prefeitura, no Largo Glênio Peres, no Centro Histórico.
Com início às 17h, a concentração se movimentou até a atual prefeitura, demandando melhor atendimento à população e repudiando a falta de amparo após os impactos do fenômeno. Entre os movimentos presentes, estavam UJS, MTST Brasil, Eco pelo Clima, Afronte, MRT (Movimento Revolucionário dos Trabalhadores), Faísca Revolucionária, UEE, União Nacional pela Moradia Popular, entre outros.
"Estamos aqui para mostrar, com mais evidências, como a crise climática tem impactado a cidade. Não é um evento isolado, ocorreu também ano passado e deixamos claro na audiência pública feita sobre emergência climática que é algo sistêmico, e é isso que a movimentação de hoje quer trazer", comenta Bruno Zanette, ativista do movimento Eco Pelo Clima, que esteve presente no ato. "A cidade vai ter que se adaptar a esses fenômenos que ficarão cada vez piores. Esses eventos que ocorreram, como a falta de água, foram devido a uma falta de planejamento e a uma política que privilegia o lucro, e não o interesse da cidade", complementa.
O protesto foi organizado por militantes como Wellignton Porto, do Afronte. "O ato surgiu a partir das mobilizações que a gente tem visto na cidade, por conta da má administração da prefeitura e do prefeito Sebastião Melo. Ontem mesmo o prefeito estava tomando champanhe pela Cidade Baixa, à noite, em meio ao caos. Isso demonstra o descaso e a má capacidade de gestão no momento catastrófico de emergência climática", diz Wellignton.
Além dos grupos militantes, também estiveram presentes representantes políticos, como o vereador Giovani Culau (PCdoB) e o deputado estadual Matheus Gomes (PSOL). "As diversas manifestações em Porto Alegre mostram que o povo chegou no limite, a paciência acabou, porque em alguns lugares já serão três dias sem água ou energia elétrica, com alimentos estragando. A vida das pessoas foi transtornada por conta da inexistência de um plano de contingência", declara Matheus. "É o retrato de uma política de desmonte, não apenas da Equatorial, mas de toda uma rede de serviço que deveria atuar em situações de emergência".